O Rio de Janeiro está vivendo o sonho de muitas cidades brasileiras: apenas 2,4% dos leitos hospitalares destinados ao atendimento de COVID-19 estão ocupados (151 pessoas), há mais de 2 meses não são registrados óbitos e há mais de uma semana 82% das unidades de saúde não recebe nenhum caso da doença. Esses dados são da Boletim Epidemiológico da Prefeitura.
Devido a esses números, o comitê científico, que assessora a prefeitura na pandemia, criou uma nova classificação de risco, incluindo o baixo risco de transmissão da COVID-19
De acordo com o secretário, de cada 100 testes feitos na cidade, apenas quatro dão positivos e a taxa de transmissão está em 0.6, o que indica a diminuição do contágio, com cada doente contaminando menos de uma pessoa na média.
Apesar do baixo risco, a prefeitura alerta que ainda é necessário manter as medidas sanitárias para evitar a contaminação, como o uso de máscara em locais fechados, deixar os ambientes ventilados, priorizar espaços ao ar livre, se apresentar sintomas procurar uma unidade de saúde, tomar a segunda dose da vacina e a dose de reforço em dia e continuar higienizando as mãos com frequência.
Flexibilização do uso de máscaras
Em locais abertos, desde o dia 28/10, baseado nos indicadores é seguro dispensar o uso das máscaras. Segundo o secretário da saúde do Rio, outros países liberaram o uso das máscaras em locais abertos com índice de vacinação muito menor do que a cidade apresenta no momento. Obviamente, as pessoas são livres para usar a máscara se assim desejarem, pois a insegurança e o medo ainda fazem parte da rotina dos cidadãos.
A liberação do uso de máscaras só é possível devido ao índices favoráveis com relação à taxa de transmissão, somada à taxa de vacinação.
O plano de reabertura prevê que com 50% de vacinação são liberados 100% de ocupação de escolas, cinemas e teatros, o que se completou no início da semana; com 65% libera máscara em locais abertos; e quando chegar a 90% dos adultos vacinados, ou 70% da população total, a cidade avança para a liberação do uso de máscaras em locais fechados.
Doses de reforço
A prefeitura do Rio começou a aplicar a dose de reforço em idosos acima de 64 anos e profissionais da saúde vacinados até abril hoje.
A previsão da SMS é concluir a campanha de vacinação contra a COVID-19 em novembro. No momento, 87,5% da população total do município já recebeu a primeira dose e 66,3% está com o esquema completo. Dentro do público-alvo, a partir dos 12 anos, são 99,5% com a primeira dose e 77,4% com as duas doses ou dose única.
O resultado positivo que a cidade do Rio de Janeiro está desfrutando é devido à alta adesão da população à vacina, porém é necessário que o Ministério da Saúde e a A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) instituam a obrigatoriedade de apresentação de cartão vacinal para os turistas que adentram o país, pois o maior risco previsto é que entre uma variante vinda de um país com baixa cobertura vacinal e ultrapasse a barreira da vacina utilizada no Brasil. Sobre isso, nem a Anvisa nem o Ministério da saúde se posicionaram ainda.
Fonte: Agência Brasil. Rio de Janeiro tem baixo risco de transmissão de covid-19. Acesso em https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2021-10/rio-de-janeiro-tem-baixo-risco-de-transmissao-de-covid-19
Leia mais
- O apartheid vacinal: ninguém está seguro, até que todos estejam seguros
- Pfizer/BioNTech solicita autorização para uso emergencial da vacina contra COVID-19 em crianças de 5 a 12 anos
- Atualização da vacinação contra COVID-19 no Brasil: queda de 87,3% na média de óbitos
- Meta da OMS: 40% da população mundial deve estar vacinada até o fim de 2021