Academia Médica
Academia Médica
Você procura por
  • em Publicações
  • em Grupos
  • em Usuários
loading
VOLTAR

Colírios a base de esterol são testados para tratamento da catarata

Colírios a base de esterol são testados para tratamento da catarata
Academia Médica
ago. 29 - 3 min de leitura
000

Na área da Oftalmologia, a cirurgia de catarata é a mais realizada no mundo. Ao todo, em âmbito global, são realizados cerca de 10 milhões de procedimentos ao ano. Eles evoluíram bastante ao longo das décadas e inegavelmente contribuem com o aumento da qualidade de vida dos pacientes. Porém, poder tratar o problema de forma menos invasiva é o sonho de muitos profissionais.

No último dia 26, a professora e pesquisadora Barbara Krystyna Pierscionek - formada pela Universidade de Melbourne, na Austrália, e com doutorado em química de proteínas e óptica da lente do olho – publicou um artigo no site Medical Xpress falando sobre a realização de um estudo onde são testados colírios a base de esterol para tratamento do problema. 

Segundo a autora, há alguns anos, um composto de esterol foi aplicado em 26 camundongos com catarata. 61% das lentes dos olhos tratados com a substância apresentaram melhora no gradiente do índice de refração, o que resulta em melhor qualidade da imagem. A opacidade das lentes também foi reduzida em 46% dos animais tratados. Porém, como os efeitos não foram universais, descobriu-se que o mesmo composto não pode ser aplicado para todos os tipos de catarata.

Um estudo subsequente, desenvolvido em 2019, não conseguiu em entretanto encontrar evidências de que o composto utilizado anteriormente fosse capaz de reverte o acúmulo de proteínas dentro dos olhos em amostras de ratos e humanos (“o acúmulo e aglomeração de fragmentos de proteínas reduzem severamente a transmissão de luz para a retina, fazendo com que as coisas pareçam embaçadas ou enevoadas”).

Ao longo dos anos, Bárbara tem desenvolvido uma série de pesquisas e aplicados diferente métodos para medir a qualidade óptica da lente do olho humano. Ela diz que a ligação entre a função óptica de uma lente e a solubilidade da proteína, assim como a propensão da mesma em se aglomerar, precisa ser mais estudada.

“Isso é importante para determinar se é possível reverter o processo de formação de catarata e restaurar a transparência de uma lente nublada”, afirma. “Os cientistas há muito acreditam que o acúmulo das principais proteínas estruturais de uma catarata é irreversível...Se isso não for verdade, abre-se uma grande variedade de possibilidades de tratamento”.

Para ter acesso à íntegra do artigo publicado pela pesquisadora, clique aqui.

Leia também: 

Pesquisadores encontram associação entre a extração de catarata e o desenvolvimento de demência

Catarata em intervencionistas

Uma causa importante de cegueira reversível: A Catarata!



Denunciar publicação
    000

    Indicados para você