Um estudo publicado no Britsh Medical
Journal constatou que enviar mensagens de texto sobre sexo seguro para
jovens que tiveram episódios recentes de Infecção Sexualmente Transmissível (IST),
incluindo clamídia e gonorreia, não reduz as taxas de reinfecção. Pelo
contrário, segundo os autores da pesquisa, os jovens que receberam mensagens
tiveram mais reinfecções do que os que não receberam.
Foram analisados cerca de 6 mil jovens com idades entre 16 e
24 anos, recrutados a partir de clínicas de saúde sexual do Reino Unido. Três
mil participantes foram selecionados aleatoriamente para receber as
mensagens, enviadas durante um ano em quantidades diferentes durante os dias,
semanas e meses. Em um ano, a taxa de reinfecção no grupo que recebeu mais
mensagens foi 2% maior do que no outro grupo.
Entretanto, os jovens que receberam mais mensagens
notificaram os últimos parceiros que tiveram contato antes de testarem positivo
para ISTs e também relataram o uso de preservativo na última e na primeira
relação sexual respectivamente com antigo e novo parceiro.
Com base no resultado, os autores sugerem que a Organização
Mundial de Saúde (OMS) revise suas estratégias de comunicação social virtual.
Referência
Effectiveness of a behavioural intervention delivered by
text messages (safetxt) on sexually transmitted reinfections in people aged
16-24 years: randomised controlled trial, The BMJ (2022). DOI: 10.1136/bmj-2022-070351
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