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COVID-19: estudo correlaciona doença a maior risco de embolia pulmonar, trombose e hemorragia

COVID-19: estudo correlaciona doença a  maior risco de embolia pulmonar, trombose e hemorragia
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abr. 12 - 4 min de leitura
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Um estudo publicado pela BMJ Journals, no dia 6 de abril, revelou o risco aumentado de  primeiro evento de Trombose Venosa Profunda (TVP), em  três meses após a COVID-19. Além disso, os cientistas constaram que pessoas que tiveram a doença podem desenvolver embolia pulmonar em até seis meses  após a infecção, assim como podem apresentar hemorragia em até dois meses.  A associação entre embolia pulmonar decorrente da COVID-19 é significativa, principalmente na fase aguda.

Para chegar às descobertas, os pesquisadores analisaram registros médicos de pessoas que testaram positivo para SARS-CoV-2, na Suécia, independentemente da gravidade da doença. Eles também determinaram o risco de trombose venosa profunda e embolia pulmonar, bem como sangramento após a COVID-19, usando séries de casos autocontrolada e métodos de estudo de coorte combinados. 

Segundo a publicação, os riscos aumentaram consistentemente, independente do uso de uma série de casos autocontrolada ou de um método estatístico de estudo de coorte pareado.

Achados de TVP 

Período da série de casos autocontrolados

As taxas de incidência de uma primeira trombose venosa profunda, em comparação com o período de controle, foram de 5,59 durante a primeira semana após a covid-19 e 7,44  na segunda semana. A maioria (55,5%) dos participantes que tiveram um primeiro evento de trombose venosa profunda eram homens.

Durante o estudo de coorte combinado

A probabilidade de risco de uma primeira TVP foi de 4,98 durante os 1-30 dias após a infecção causada pelo coronavírus.  O risco foi ainda maior em pacientes que desenvolveram a forma grave da doença, durante a 1ª onda pandêmica na Suécia em comparação com a segunda e terceira ondas.

Achados de embolia pulmonar

Período da série de casos autocontrolados

A taxa de incidência de uma primeira embolia pulmonar foi de 36,17 na primeira semana após o diagnóstico e 46,40 durante a segunda semana.

A incidência foi maior no caso dos homens, durante os primeiros três meses após a doença, sendo mais significativa em grupos com idade entre 50 a 70 anos.

As taxas de incidência de embolia pulmonar foram mais altas durante a primeira onda na Suécia em comparação com as últimas primeiras duas semanas após a doença.

A razão de risco de um primeiro evento de embolia pulmonar foi de 33,05. Esse risco foi maior em pacientes com COVID-19  grave, sobretudo nos casos de internação em hospital e Unidades de Terapia Intensiva (UTI's).

Durante o estudo de coorte combinado

 A razão de risco ajustada foi de 34,68 em até 30 dias após a covid-19

Achados de hemorragia

Período da série de casos autocontrolados

A razão da taxa de incidência de um primeiro evento hemorrágico foi de 3,46 na primeira semana após a COVID-19 e 2,75 durante a segunda semana.

Homens foram os mais afetados e estão nos grupos que apresentaram maiores taxas de incidência para hemorragia, durante os primeiros dois meses após a contaminação. Fatores como aumento da idade e desenvolvimento grave da COVID-19 elevaram o risco de hemorragia e os cientistas observaram que os casos foram mais significativos durante a primeira onda da pandemia.

Durante o estudo de coorte combinado

A razão de risco ajustada foi de 1,9 durante os dias 1 a 30 após a covid-19 ou o data do índice.

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Referência 

1.Katsoularis I, Fonseca-Rodríguez O, Farrington P, Jerndal H, Lundevaller E H, Sund M et al. Risks of deep vein thrombosis, pulmonary embolism, and bleeding after covid-19: nationwide self-controlled cases series and matched cohort study BMJ 2022; 377 :e069590. Disponível em: Doi:10.1136/bmj-2021-069590. Acesso em 12 de abril de 2022.

 


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