Acolher as dores e prever os momentos bons e ruins não é mais uma opção. Novo estudo da jornada do paciente oncológico busca impactar os serviços ao identificar as necessidades não atendidas dos pacientes e acompanhantes, considerando as emoções envolvidas e os pontos de inflexão.
Para falar da jornada do paciente oncológico, é valioso partirmos do conceito de experiência do paciente, que se refere ao conjunto de interações que influenciam as percepções dos pacientes com relação aos cuidados que recebem na sua jornada em saúde. Por sua definição, fica claro que a experiência do paciente vai além dos cuidados clínicos e das tecnologias que o acompanham.
Envolve também questões como atendimento, comunicação e interação com os agentes da saúde e profissionais administrativos durante toda a jornada em um serviço de saúde, seja em clínicas, hospitais, operadoras de plano de saúde, laboratórios, entre outros atores do ecossistema em saúde.
Gerir a experiência significa pensar em todas as ações do paciente e de seus acompanhantes, gerenciando os pontos de contato ao longo da jornada oncológica, de maneira a impactar positivamente nos sentimentos que esses usuários terão em cada interação com o serviço.
Quando se trata de uma jornada de um diagnóstico e tratamento prolongados, de doenças graves ou crônicas, gerir a experiência se torna mandatório para os serviços que querem se diferenciar no mercado.
Pensar na jornada do paciente oncológico e gerir a sua experiência não é mais uma opção.
Mas para projetar serviços que ofereçam boas experiências ao paciente, a partir de uma visão de jornada do paciente oncológico, é preciso partir de um entendimento profundo de suas necessidades, preferências, crenças e hábitos. Aqui a design research tem seu papel fundamental.
O que é design research
Partindo do ponto de vista do design – uma abordagem criativa, centrada nas pessoas, para solucionar problemas e identificar oportunidades – tais pesquisas têm grande potencial para inovar e aprimorar serviços, projetando-os de forma que o paciente esteja no centro do cuidado.
A design research busca investigar cuidadosamente as pessoas, suas experiências, seus comportamentos e seus contextos, de modo a guiar e inspirar a descoberta de insights significativos centrados no ser humano, impulsionando soluções excelentes para as partes interessadas de um serviço – aqui incluímos pacientes, cuidadores e familiares.
Pesquisas científicas mostram que os estudos qualitativos são cada vez mais pertinentes para apreender aspectos específicos do câncer. Ao investigar suas jornadas em saúde, é possível identificar de forma mais profunda as reais dores e necessidades não atendidas, as emoções envolvidas, os pontos de inflexão – as etapas que habitualmente o paciente abandona sua jornada de cuidado do câncer, as principais interações e pontos de contato com os diversos serviços, em especial em uma jornada complexa como a oncológica.
Que empresas podem se beneficiar deste tipo de pesquisa?
São diversos tipos de organizações na saúde que podem se beneficiar da design research, desde operadoras de plano de saúde, clínicas e hospitais, médicos e muitos outros profissionais de saúde, indústria de materiais e medicamentos.
A design research pode ajudar operadoras que desejam conhecer seus pacientes, acompanhar suas jornadas de cuidado, evitar o abandono do tratamento, reduzir idas desnecessárias ao pronto-atendimento, evitar sinistros desnecessários e entregar uma experiência de cuidado positiva para seus beneficiários.
Clínicas e hospitais podem se beneficiar desta pesquisa ao entenderem melhor os passos percorridos pelos pacientes durante o diagnóstico e tratamento do câncer, ao entender o que pensam e sentem esses pacientes, e saber quais são suas maiores dores e necessidades para, com isso, gerar soluções e serviços realmente centrados no paciente.
Já os médicos e profissionais de saúde podem conhecer novas perspectivas do paciente, para além de informações clínicas e sobre a doença, mas sobre a pessoa, desenvolvendo um olhar individualizado e empático ao se aprofundar no que o paciente recebe durante o diagnóstico e tratamento, e não olhando apenas o que os profissionais e organizações de saúde fazem por ele.
Vale ressaltar aqui que os conhecimentos gerados por uma pesquisa que utiliza o design não irão apenas ajudar os profissionais de saúde a entenderem melhor sobre o estado geral de saúde de seus pacientes; trata-se de fornecer insights significativos que lhes permitam ter conversas mais ricas com suas equipes de atendimento, permitindo que trabalhem juntos para melhorar os planos de atendimento e os resultados.
Outros players envolvidos no setor da saúde, como a indústria de materiais e medicamentos e até a empresa empregadora do paciente também podem aprender com os resultados de uma design research sobre o perfil e a jornada do paciente oncológico que busca tratamento na saúde suplementar no Brasil, reposicionando suas estratégias e ações.
Conheça os achado iniciais do estudo
O câncer, cada vez mais, vem se tornando uma condição de longo prazo em vez de uma doença terminal. Com uma jornada mais longa, as relações entre pacientes e organizações da área da saúde também mudam.
Visando compreender essa complexa jornada, a DparaE realizou uma pesquisa sobre o contexto oncológico no Brasil e a jornada do paciente. Compreender profundamente o contexto e a jornada do paciente oncológico permitirá que você preencha lacunas no atendimento, estabelecendo rotinas preventivas que, em último caso, ajudarão o seu paciente a permanecer o mais saudável possível pelo maior tempo possível.
Para conhecer os achados iniciais desta pesquisa, com os resultados da matriz CSD, mapa de atores, desk research e pré-jornada do paciente oncológico, clique no botão abaixo: