Pesquisadores da Universidade de Yale identificaram áreas específicas
na região parietal dorsal do cérebro associadas à sintomatologia social do
autismo. Para isso, fizeram uso de uma tecnologia inovadora que permite imagens
de dois indivíduos durante condições naturais e ao vivo, a espectroscopia
funcional de infravermelho próximo, um método de neuroimagem óptica não
invasivo.
O estudo, publicado na revista PLOS ONE, descobriu que respostas neurais ao contato visual e
facial ao vivo podem fornecer um biomarcador para o diagnóstico do Transtorno
do Espectro do Autismo (TEA), além de possibilitar parâmetros de eficácia dos
tratamentos utilizados.
Foi analisada a atividade cerebral durante breves interações
sociais entre pares de adultos, sempre incluindo um participante típico e um
com TEA. Ambos os participantes foram
equipados com tampas com muitos sensores que emitiam luz no cérebro e também
registravam mudanças nos sinais de luz com informações sobre a atividade
cerebral durante o olhar facial e o contato olho no olho.
Segundo os pesquisadores, os participantes com TEA reduziram
significativamente a atividade em uma região do cérebro chamada córtex parietal
dorsal em comparação com aqueles sem TEA. Quanto mais graves os sintomas
sociais gerais do TEA, menos atividade foi observada na região, permitindo uma
melhor compreensão da neurobiologia do autismo e dos mecanismos neurais
subjacentes que impulsionam as conexões sociais típicas.
Referência:
Joy Hirsch et al, Neural correlates of eye contact and social function in autismo spectrum disorder, PLOS ONE (2022). DOI: 10.1371/journal.pone.0265798
Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Mutismo Seletivo: Estudo de Caso
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