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Experiência de um acadêmico de medicina brasileiro em estágio em Harvard

Experiência de um acadêmico de medicina brasileiro em estágio em Harvard
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set. 24 - 4 min de leitura
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Experiência de um acadêmico de medicina brasileiro em estágio em Harvard

Por Alexandre Miranda

Olá leitores do Academia Médica.

Meu nome é Alexandre Miranda e gostaria de compartilhar com todos vocês a minha experiência no Massachusetts General Hospital/Harvard Medical School. Consegui vir ora cá devido ao programa Ciência Sem Fronteiras, uma iniciativa do governo federal.

Vamos lá.. Sou estudante de medicina do 5 período na Universidade Federal do Vale do São Francisco e sempre tive o sonho de ir estudar exterior numa das melhores universidades do mundo. Visto isso, percebi que nos EUA eu teria uma maior chance de conseguir uma oportunidade em uma dessas universidades, pois possui diversas faculdades que estão colocadas entre as melhores do mundo.

Primeiro eu fui encaminhado para a University of Arizona. Lá tive a oportunidade de aprimorar meu inglês e estudar algumas matérias fora do currículo brasileiro, como antropologia por exemplo.

Enviei mais de 200 emails para pesquisadores da Harvard Medical School e fui aceito em uma pesquisa que visa a criação de um novo medicamento para insuficiência cardíaca.

A experiência:

Meu primeiro dia foi aquele sonho real.

Conheci vários projetos do laboratório que agora faço parte, bem como vários pesquisadores de renome mundial. Por exemplo, o nosso laboratório tem reconhecimento do congresso americano e inclusive uma carta do Presidente Barack Obama devido aos avanços na ciência.

Um dos avanços do laboratório do qual eu faço parte, foi uma terapia respiratória com o uso de NO2 que culminou em um impacto mundial salvando milhares de vidas de neonatos que nasciam com algumas disfunções respiratórias.

Aqui, a filosofia educacional e de trabalho, bem como como você é tratado é totalmente diferente do Brasil. Independente do seu grau de escolaridade ou experiência acadêmica a sua opinião é sempre respeitada e levada em consideração desde que você tenha bom embasamento teórico-prático para tal. Os pesquisadores estão sempre abertos a sugestões e a explicar qualquer dúvida que você venha a ter. O erro é sempre valorizado, algo muito comum no laboratório. Desde estudantes até principais pesquisadores erram durante o processo de busca pelo conhecimento e avanço da ciência. Você sempre é tratado com muito respeito e de igual para igual. As hierarquias são meros detalhes pois no dia a dia você não sente isso.As pessoas são como se fossem um amigo seu que querem explorar ao máximo a sua capacidade e competência bem como querem ver você crescer dentro do laboratório. Sendo assim, você se mantém constantemente motivado para trabalhar cada vez mais duro e o ambiente de trabalho é na verdade um ambiente de diversão totalmente descontraído e tranquilo de se trabalhar.

O trabalho é planejado semanalmente e você, como assistente da pesquisa, só precisa este planejamento e fazer os experimentos, bem como análises a serem feitas naquele período. Ou seja, você sendo uma pessoa produtiva, o trabalho não é pesado e não tem aquela pressão constante por resultados. Pois é isso galera, a ideia desse artigo foi relatar resumidamente a minha experiência numa das melhores universidades do mundo e mostra a vocês como é trabalhar em um laboratório que contribui para o avanço da humanidade quando se trata de medicina.

Gostaria de agradecer ao administrador da página, Fernando Carbonieri, e quem quiser tirar alguma dúvida ou fazer perguntas pedirei para o Fernando me marcar na publicação. Suas perguntas serão muito bem-vindas. Sintam-se livres para me contactar quando quiserem ok? Forte Abraço, Alexandre Miranda.


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