Academia Médica
Academia Médica
Você procura por
  • em Publicações
  • em Grupos
  • em Usuários
VOLTAR

Flavonoides podem diminuir o risco de declínio cognitivo

Flavonoides podem diminuir o risco de declínio cognitivo
Academia Médica
ago. 17 - 4 min de leitura
000

Envelhecer assusta muitas pessoas, uma das possíveis causas desse medo seja o declínio cognitivo que as pessoas sofrem.

Mas existe uma boa notícia, alimentos ricos em flavonoides, um composto presente em alimentos vermelhos e alaranjados pode diminuir o declínio cognitivo em 20% segundo um estudo publicado na Neurology, o jornal da Academia Americana de Neurologia.

Segundo Walter Willett, da Universidade de Harvard

Existe uma evidência forte que os flavonoides são bons para prevenir que suas habilidades cognitivas declinam à medida que você se torna mais velho. Nossos resultados são entusiasmantes porque eles mostram que mudanças simples na dieta podem ajudar você a prevenir o declínio cognitivo.

 

Quais foram as conclusões do estudo?

Dietas que possuem em sua distribuição mais de 50% de alimentos ricos em flavonoides - morangos, laranjas, pimentas e maçãs, por exemplo - podem diminuir o risco de declínio cognitivo em até 20%. 

O estudo foi publicado no dia 28 de julho de 2021.

Segundo os resultados, as flavonas e antocianinas tiveram um efeito protetivo maior em relação aos outros flavonoides.

 

O que são flavonoides?

Flavonoides são compostos naturais encontrados em plantas e são poderosos antioxidantes. 

Acredita-se que a capacidade de antioxidação diminui com a idade, favorecendo para que ocorra o declínio cognitivo à medida que se envelhece.

 

Como o estudo foi realizado?

O estudo acompanhou 49.493 mulheres com uma média de idade de 48 e 27.842 homens com uma média de idade de 51 no começo do estudo.

O estudo foi um estudo longitudinal que acompanhou as pessoas por um período de 20 anos. Durante esse tempo, as pessoas responderam vários questionários em relação a hábitos alimentares.

A medida da ingestão de flavonóides foi realizada a partir da contagem individual de alimentos contendo este composto, multiplicando-se o valor pela frequência de ingestão. 

A habilidade cognitiva foi avaliada duas vezes durante o estudo utilizando-se de questões como:

  • Você tem mais dificuldade do que o usual para lembrar de eventos recentes?
  • Você tem mais problema do que o normal para se lembrar de uma lista curta de itens?

Segundo os autores, essa avaliação consegue captar problemas precoces de memória, quando a memória piorou significativamente para ser percebida pelas pessoas, no entanto não o suficiente para ser detectado num teste de screening.

 

Resultados

O grupo do estudo que consumiu mais flavonoides na dieta, apresentou menor risco de declínio cognitivo. 

O grupo com o mais alto consumo de flavonoides teve 20% menos risco de declínio cognitivo autorreportado do que pessoas do menor grupo de ingestão de flavonoides.

Os autores também encontraram que a Flavona, encontrada em algumas pimentas, vegetais e frutas laranjas e amarelas, tiveram qualidades protetivas maiores. Além disso, foi associada com uma redução de 38% no risco de declínio cognitivo, o que é equivalente a três ou quatro anos de idade.

Já as antocianinas, encontradas em amoras azuis, amoras pretas e cerejas, foram associadas com uma redução de 24% no risco de declínio cognitivo.

Limitação do estudo

Uma limitação levantada é o viés de memória, uma vez que os participantes do estudo necessitavam lembrar e relatar os alimentos ingeridos, seja na medida qualitativa quanto na quantitativa.

Para acessar o artigo original na íntegra, clique aqui.

 

Artigos relacionados

A tal "cura do Alzheimer" 

Dietas com elevados índices glicêmicos matam mais do que as dietas Low Carb

 


Escrito por Yan Kubiak Canquerino - Colaborador da Academia Médica


 

Referência

Long-term Dietary Flavonoid Intake and Subjective Cognitive Decline in US Men and Women | Neurology. Acesso em 16/08/2021.

 


Denunciar publicação
    000

    Indicados para você