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Inteligência artificial em cirurgia - o passado, presente e futuro

Inteligência artificial em cirurgia - o passado, presente e futuro
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jul. 13 - 5 min de leitura
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A leitura desse artigo te tornará mais atualizado(a) em relação aos usos que a inteligência artificial vem apresentando na cirurgia, principalmente no campo não técnico do ato cirúrgico. Também verá a importância que é a ciência translacional, também na medicina.

Este artigo foi embasado na palestra de Roger Daglius Dias, que palestrou no Simpósio de Inteligência Artificial na Saúde: Presente e Futuro que foi realizado no dia 13 de maio de 2021 pela Academia Nacional de Medicina do Brasil

Roger Daglius Dias, Atualmente (2021) é Research Fellow pela Harvard Medical School e Postdoctoral Fellow pelo Brigham and Women's Hospital, atuando na área de simulação médica e non-technical skills no STRATUS Center for Medical Simulation.

 

Com o que Daglius trabalha?

Atualmente, trabalha com uma equipe buscando analisar, medir e desenvolver soluções para problemas não técnicos em sua maioria da equipe cirúrgica, buscando melhorar desfechos pós cirúrgicos de pacientes.

 

Como ele e sua equipe fazem isso?

Por meio de biomarcadores digitais, inteligência artificial, sensores vestíveis, simulação de alta fidelidade, visual analytics e realidade mista.

O principal foco aqui não é diretamente no paciente, mas sim impactar positivamente os profissionais de saúde atingindo, indiretamente o benefício do paciente, lançando mão da interdisciplinaridade, como ciência cognitiva, psicologia, ciência social, ciência do comportamento, ciência computacional e engenharia.

 

Como surgiu a ideia?

Através da ciência translacional, na qual ele acredita muito, houve a incorporação de conhecimentos e práticas de outras áreas, principalmente da engenharia na medicina, tais quais a área de engenharia nuclear, engenharia petrolífera, engenharia de avião, buscando trazer soluções para problemas que são em parte, parecidos com os da medicina.

A evolução da cirurgia, qual a visão do passado, futuro e presente?

No passado havia a presença de todos os instrumentos isolados dentro de uma sala cirúrgica, no atual momento alguns dispositivos e dados já estão mais individualizados e interligados.

No futuro acredita-se que toda a sala cirúrgica e conhecimento estejam interligados de um modo individualizado com conhecimento extremamente específico para tratamento de determinada causa, lançando mão de machine learning, data analytics e internet das coisas em prol de melhorar desfechos.

 

A sala de cirurgia do futuro contará com navegação para agulhas, monitoramento da pessoa, suporte de decisão baseado em Inteligência artificial, uma visão artificial baseada em realidade aumentada, e robôs com capacidades cognitivas. Essa era a sala de cirurgia do “futuro” em 2017, no entanto, hoje, já observamos essas tecnologias presentes, louco, não é?

 

Qual a importância disso?

Segundo Daglius, a maior parte, cerca de 80% dos erros acontecem por problemas em habilidades não técnicas de cirurgiões, levando a complicações pós operatórias

 

Em que ele e a equipe vem estudando e trabalhando?

Uma das aplicações e focos do trabalho do laboratório no qual Daglius está inserido é melhorar o desfecho de cirurgias cardíacas, através de visão computacional, buscando medir as variáveis não técnicas dos profissionais e equipe em sala cirúrgica. Por exemplo, com o uso de visão computacional, analisar padrões de movimentos usados em cirurgia que cursam com melhor resultados no pós cirúrgico, analisar também como variam as condições fisiológicas do cirurgião durante a cirurgia, o número de vezes que ele foi interrompido, sempre comparando com a análise dos resultados obtidos no pós operatório.

O intuito com isso é analisar padrões que sejam os mais favoráveis em prol da equipe e do paciente, buscando um serviço de excelência.

 

Por fim ele fecha com essa frase célebre:

O MIT (instituição renomada de engenharia) tem soluções para problemas que eles não têm, enquanto que a medicina tem problemas para os quais não possuem soluções, e muitas vezes são as soluções das quais o MIT dispõe, portanto, conversar entre áreas para ele é fundamental.

 

O quanto esse artigo agregou em seu conhecimento e em sua visão de mundo? Compartilhe nos comentários abaixo.

 

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Escrito por Yan Kubiak Canquerino - Colaborador da Academia Médica


 

Referências

Surgical data science for next-generation interventions | Nature Biomedical Engineering. Acesso em 12/07/2021.

Likosky D, Yule S, Mathis M, Dias R, et.al. Novel Assessments of Technical and Nontechnical Cardiac Surgery Quality: Protocol for a Mixed Methods Study JMIR Res Protoc 2021;10(1):e22536. URL:https://www.researchprotocols.org/2021/1/e22536. DOI: 10.2196/22536. Acesso em 12/07/2021.

https://www.facebook.com/acadnacmed/videos/754546221901012. Acesso em 12/07/2021.







 


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