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Nos dias 11 e 12 de julho de 2017, ocorreu em Frankfurt (Alemanha) o evento global de lançamento da nova plataforma digital da SAP, batizada de Leonardo (em homenagem a Leonardo da Vinci), voltada para a transformação digital das empresas e seus negócios, incluindo as ferramentas de Internet das Coisas, Big Data, Machine Learning, Blockchain e Analytics, suportadas pelos produtos já mundialmente conhecidos da SAP como o HANA.
A convite da SAP, participei como palestrante em um dos painéis com empresas que estão liderando e atuando no desenvolvimento de soluções inovadoras em seus setores: Trenitalia, empresa italiana de trens, e a Catepillar, famosa pela construção de grandes máquinas pesadas de construção. Representei o InCor (Instituto do Coração), líder na América Latina em Medicina cardiovascular e pneumologia, sendo reconhecido como um dos principais centros de transplante de coração mundial.
Nos dois dias do evento, várias empresas globais mostraram o que estão fazendo concernente a transformação digital de seus mercados. Mas uma dúvida comum que me chamou atenção foi: Como devemos entender essa tal "transformação digital"? Como defini-la?
Bem, a "transformação digital" será diferente para cada empresa e setor, por isso pode ser difícil selecionar uma definição que se aplica a todos. No entanto, em termos gerais, poderíamos definir a transformação digital como a integração da tecnologia digital em todas as áreas de uma empresa, resultando em mudanças fundamentais na forma como as empresas operam e como elas fornecem valor aos clientes. Além disso, é uma mudança cultural que exige que as organizações desafiem continuamente o seu modo tradicional de comportamento, experimentem com mais frequência e se sintam confortáveis com o fracasso como um resultado da inovação e transformação.
Transformação digital é uma mudança cultural!
Como parte desta transformação, não cabe pensar em tecnologias isoladas, estanques, monotônicas. Antes, a transformação digital parecerá mais com uma orquestra de múltiplos instrumentos atuando em sincronia, harmônicos e que transformarão notas musicais em concertos. Não cabe mais ficar discutindo se Internet das Coisas, Big Data, Machine Learning, Blockchain e Analytics funcionam sozinhas, mas como elas interagem e se completam. A estratégia de qualquer empresa que queira passar pela transformação digital precisa ter esta visão – ou se enxerga o todo ou as peças isoladas não conseguirão entregar o resultado desejado.
Numa das apresentações dedicadas a temas especiais, fiz uma explanação junto com Daniel Duarte (Head of Innovation and Customer Experience da SAP Labs LATAM) sobre transformação digital em Healtcare mostrando o case de co-inovação do InCor com a SAP, que já comentei em outros posts (vídeo sobre a solução e notícia na mídia).
Um outro ponto de destaque no evento foi a palestra do Chief Designer Officer da SAP, Sam Yen, que mostrou como as empresas que abraçaram o uso de técnicas como Design Thinking em seus projetos e processos (e foram agrupadas num grupo chamado de Design Value Index), tiveram resultados muito mais relevantes no mercado, ganhando valor superior em relação as demais empresas que continuaram com métodos tradicionais, como podemos ver no gráfico abaixo.
Douglas Engelbart (1925-2013), o inventor do mouse do computador e pioneiro no desenvolvimento do e-mail, processadores de texto e internet, disse uma frase que reflete a verdadeira essência da transformação digital...
" A tecnologia não deve buscar substituir os humanos, antes amplificar as capacidades humanas"!
No link do evento do SAP Leonardo Live tem mais informações para os interessados, mas a participação que tive na sessão plenária pode ser vista no vídeo a seguir.
Finalmente, o evento terminou com as mensagens principais da relevância que a transformação digital está trazendo para todos os mercados e empresas. Para assistir o vídeo clique aqui, ou na imagem abaixo.
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Abraços a todos!
Guilherme Rabello
Gerência Comercial e Inteligência de Mercado
InovaInCor – InCor / Fundação Zerbini