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Maria Montessori: educar é o melhor remédio! - Parte 4

Maria Montessori: educar é o melhor remédio! - Parte 4
Luan Gustavo
set. 8 - 4 min de leitura
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Seja bem-vindo à coluna Historynemia que conta as histórias de personagens importantes da medicina e suas contribuições para a sociedade. Fique à vontade para comentar, curtir e compartilhar com seus amigos. 

No texto dessa semana continuaremos a discutir o Método Montessoriano. Vamos lá?

O método

Na filosofia de Montessori a inovação em sala de aula é sempre bem-vinda. Ela não via seu método didático como algo fixo, suas classes eram um ambiente de experimentação contínua, sempre voltado a observar e perceber as necessidades da criança. São dois os componentes principais que proporcionam um bom desenvolvimento do método: o adulto preparado, seja um professor ou uma professora, e o ambiente, que deve ser meticulosamente preparado pra despertar vontades nas crianças. O ambiente deve ter cores vivas, alegres, os objetos devem ter boa qualidade, estar funcionando bem, devem ser organizados de formas que sejam atrativos às crianças. Uma atmosfera relaxante e acolhedora sempre deve ser almejada. 

Em busca de um ponto de equilíbrio

O adulto ao mesmo tempo não deve fazer tudo pela criança nem deixá-la abandonada. A professora deveria ser treinada para encontrar esse meio termo e ajudar as crianças conforme suas necessidades. Elas são livres para decidir quais atividades querem fazer e em qual momento do dia elas querem fazer, obviamente desde que não sejam atos inúteis nem perigosos. Caso elas queiram brincar no ambiente externo elas podem, ambiente esse que seria algo como um anexo a sala de aula, algo como um jardim, um gramado, um espaço ao ar livre, em que elas possam entrar e sair a qualquer momento. Cuidar de plantas e animais é uma boa opção que proporciona à criança algum contato com a natureza em sociedades cada vez mais urbanizadas. Esse tipo de configuração faz com que as escolas montessorianas não tenham seu dia dividido entre períodos de trabalho e períodos de descanso como a gente costuma ver por aí.

Para que a escolha ocorra espontaneamente, é necessário que a criança saiba o que de fato está a sua disposição, então às vezes, de uma forma breve, para não interferir em sua liberdade, os professores devem ajudar ela a entender o funcionamento de algo, às vezes as crianças aprendem só de observar os coleguinhas fazendo. Um dos motivos pelos quais não existem premiações ou castigos para os alunos montessorianos, é justamente o da preservação da liberdade e individualidade de cada um.

 

Ouça esse texto na íntegra no seu agregador de podcasts favoritos, busque por @historynemia

 

Diferentemente de uma sala de aula tradicional, aqui as crianças podem conversar e fazer as atividades em grupo a hora que elas quiserem, caso a criança não se sinta preparada ou simplesmente não queira se juntar com as outras naquele momento, ela não deve ser induzida a isso. O ambiente deve ser o mais realista possível, os equipamentos da sala de aula são todos de verdade, fogão, geladeira, pia. Ainda que sejam muitos alunos em uma sala de aula, esse número pode variar de acordo com a escola em questão, podem ser 12, 30, 50, isso não significa que haverá uma peça pra cada. A criança percebe que em determinados momentos ela terá de esperar o coleguinha terminar, e pra isso não é necessário que um adulto diga “Olha, espera ele terminar e depois você usa”, não, isso é algo que as crianças conseguem aprender por conta própria, é algo que ela vai encontrar no mundo real, no seu cotidiano enquanto criança e também na vida adulta, talvez futuramente ela tenha mais paciência numa fila de caixa eletrônico por exemplo, no supermercado, a criança aprende a respeitar o tempo e o espaço das pessoas que convivem ao seu redor.

Gostou?

Você pode conferir a primeira parte dessa história empolgante sobre a heroína da educação aqui  a continuação da história dessa médica/educadora na próxima quarta-feira, aqui na Academia Médica.

Obrigado pela companhia e até mais!

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