Muito se fala sobre a importância do contato pele a pele entre mães e recém-nascidos. Porém, a prática também é benéfica aos pais, contribuindo com a saúde mental dos mesmos e melhor desenvolvimento dos bebês.
As vantagens foram descritas em um estudo realizado na UTI neonatal do australiano Women's and Children's Hospital, por pesquisadores da Universidade do Sul da Austrália, que analisou como pais de prematuros se relacionam com seus filhos nas primeiras semanas de vida.
Foi dado destaque à utilização dos mecanismos chamados “cangurus” para que os homens segurassem seus bebês em tratamento contra o peito nu, em contato direto com a pele e perto do coração.
Segundo o estudo, o contato pele a pele é capaz de proporcionar às crianças prematuras e que nascem com baixo peso menores taxas de mortalidade, menores índices de infecções, melhor desempenho de amamentação, mais tranquilidade, segurança e aprimoramento do vínculo com seus genitores.
Já aos homens, o principal benefício é o alívio do estresse mental de ver seus bebês internados em UTIs neonatais. Segundo a enfermeira Sophia Dong, em informações passadas ao site Medical Xpress, muitos pais que participaram da pesquisa australiana relataram ter percebido uma "linguagem silenciosa de amor e conexão" com seus recém-nascido ao adotarem o modelo canguru.
Em mamíferos, o contato pele a pele é capaz de ativar certos receptores nervosos que desencadeiam a produção de alguns hormônios capazes de contribuir com a redução da dor e do estresse.
“Uma criança tem uma necessidade inata de se conectar com uma figura de apego primária, que geralmente é a mãe. No entanto, nos últimos tempos, os pais estão desempenhando um papel muito maior como cuidadores, inclusive como pais solteiros e pais do mesmo sexo", afirma Sophia.
Com informações de Journal of Clinical Nursing e Medical Xpress.
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