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No fim da vida, médicos preferem cuidados menos intensivos

No fim da vida, médicos preferem cuidados menos intensivos
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fev. 9 - 3 min de leitura
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Consoante um estudo publicado no Jama em janeiro de 2022 (1), que foi liderado por pesquisadores da Harvard Medical School do Centro de Cirurgia e Saúde Pública(CSPH) do Brigham and Women's Hospital, médicos são menos propensos a morrerem em um hospital do que a população em geral (27,9% contra 32%).

A pesquisa retrospectiva analisou 5 medidas validadas de intensidade de cuidados de fim de vida durante os últimos 6 meses de vida: cirurgia, cuidados paliativos, internação em unidade de terapia intensiva (UTI); morte no hospital; e despesas (1). Também, comparou os dados de médicos com a população geral e advogados - grupo no qual presume-se uma proximidade socioeconômica e educacional com os médicos - e comparou advogados com a população geral. 

Como resultado, o artigo obteve que médicos e advogados eram em maior proporção do sexo masculino e tinham uma formação universitária maior do que a população em geral. Além disso, os profissionais da saúde, em comparação à população em geral, eram menos propensos a morrer no hospital, a passarem por cirurgia e com menos probabilidade de internação na UTI. Em relação aos advogados, os doutores também eram menos propensos a morrer no hospital. 

Para os pesquisadores, as possíveis razões pelas quais os médicos receberam cuidados de fim de vida menos intensos do que outros podem ser o conhecimento sobre o seu ônus, bem como os benefícios e os recursos financeiros para pagar por outras opções de tratamento, como cuidados paliativos ou enfermagem qualificada necessária para a morte em casa.

 

"Esta é a realidade dos cuidados intensivos: em qualquer ponto, somos tão propensos a prejudicar quanto a curar."

- Atul Gawande

 

Para refletir mais sobre o assunto, temos um convite para você!

Hoje, no dia 09 de fevereiro, às 21 horas, nosso professor dos cursos de humanidades médicas, Áureo Lustosa Guérios, irá realizar um webinar especial para falar sobre "Morrer em Casa ou no Hospital? O espaço do fim na história da saúde e nas artes". 

Nessa aula, 100% GRATUITA e on-line, será discutido um pouco sobre a história dos hospitais e as diferentes maneiras que lidavam com a morte nesses espaços, trazendo reflexões sobre uma medicina menos invasiva, em que se evitava ao máximo a realização de cirurgias e cortes nos pacientes.

Você é nosso convidado para esse valioso momento de aprendizagem e troca de conhecimentos. Faça sua inscrição clicando no botão a seguir ou através do link:  https://bit.ly/webinar-morrer-em-casa-ou-hospital

 

 

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Referências

Weissman JS, Cooper Z, Hyder JA, et al. Intensidade de cuidados de fim de vida para médicos, advogados e população em geral. JAMA. 2016;315(3):303–305. doi:10.1001/jama.2015.17408


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