Pesquisadores das universidades de Stanford e do Alabama,
nos Estados Unidos, resolveram investigar por que a cicatrização óssea de
mulheres na menopausa e na pós-menopausa é considerada mais lenta. Em artigo
publicado na Nature Communications, a
partir de estudo realizado com camundongos, eles contam que descobriram que as
células-tronco esqueléticas são dependentes de estrogênio, sendo que este
regula diretamente a proliferação óssea no nível das mesmas.
Os cientistas removeram os ovários de fêmeas de camundongos,
induzindo as mesmas a um estado semelhante à menopausa. Posteriormente,
administraram estrogênio a uma fratura através do uso de uma pílula pulverizada
diretamente na ferida. Com isso, foram capazes de restaurar as células-tronco
esqueléticas aos níveis basais e aumentar os níveis de cicatrização entre os
animais.
A administração de estrogênio também foi feita em fraturas
de camundongos machos. Porém, os mesmos não responderam ao tratamento. Segundo
os autores do trabalho, isto acontece por que as células-tronco esqueléticas
masculinas não expressam o mesmo tipo de receptor de estrogênio que as
femininas.
Em breve, a descoberta deve dar origem a testes clínicos. Os
pesquisadores acreditam que ela pode auxiliar no tratamento futuro de fraturas,
beneficiando mulheres que sofrem com a osteoporose e também auxiliando em
cirurgias de implantes dentários.
Referência:
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