Contraceptivos orais e terapia hormonal no período da menopausa podem aumentar o risco de acidente vascular cerebral (AVC) durante o primeiro ano de tratamento. A constatação é resultado de um estudo desenvolvido pela Universidade de Uppsala, na Suécia, com base em dados de 250 mil mulheres do banco de dados biomédico UK Biobank. A análise foi publicado pelo periódico Stroke e divulgada pela Medical Xpress.
O motivo do risco aumentado a curto prazo é que o estrogênio – usado como contraceptivo oral, mas também para compensar perda hormonal durante a menopausa e diminuir sintomas - demonstrou estar associado ao aumento do risco de desenvolvimento de coágulos sanguíneos.
"Notamos um risco aumentado de duas versões de acidente vascular cerebral: infarto cerebral e hemorragia cerebral. Isso aconteceu no primeiro ano de terapia hormonal”, disse a pesquisadora Asa Johansson, uma das autoras do estudo.
Em pesquisas anteriores, a terapia hormonal já havia sido associada a aumento do risco de AVC quando tomada vários anos após a menopausa. Também já foi proposto que ela protege contra o problema se iniciada antes ou logo após a menopausa. Por isso, apesar da recente constatação, os pesquisadores da própria Uppsala dizem que as mulheres no período da menopausa, sob supervisão médica, não devem deixar de utilizar terapias hormonais.
“É importante enfatizar que a maioria das mulheres tolera bem os hormônios exógenos e pode se beneficiar de seus efeitos positivos. A terapia hormonal pode melhorar consideravelmente a qualidade de vida na menopausa e também prevenir a osteoporose. Por isso, as mulheres devem usar hormônios", diz um dos líderes do estudo, Therese Johansson, do departamento de Imunologia, Genética e Patologia da Universidade de Uppsala.
Em todo o mundo, segundo a publicação da Medical Xpress, o AVC é a segunda causa mais comum de incapacidade e morte prematura. Ele é causado pela alteração do fluxo sanguíneo para o cérebro, seja devido a bloqueio por coágulo sanguíneo (infarto cerebral) ou por uma hemorragia cerebral.
Com informações de Medical Xpress.
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