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Onda de demissões em massa cria tensão dentro das startups de saúde

Onda de demissões em massa cria tensão dentro das startups de saúde
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jun. 20 - 3 min de leitura
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Uma onda de demissões em massa, verificada nos últimos seis meses, vem tornando tenso o clima de trabalho dentro das startups da área de saúde. Em todo o mundo, as que mais demitiram até agora são as chamadas “unicórnios”, com valor de mercado superior a US$ 1 bilhão.

No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Startups de Saúde (ABSS), ainda não existem startups com dimensões tão elevadas. Porém, desligamentos também estão sendo verificados. Há pouco mais de dez dias, foi noticiado que a startup de educação e especialização médica Sanar cortou cerca de 13% de seu quadro de funcionários. Outra que demitiu foi a Sami, da área de planos de saúde digitais. Nela, o corte foi de 15%.

“As startups estão fazendo uma readequação de seus planos de negócio. O impacto tem sido notado primeiro nas grandes, mas acaba afetando também as menores. O mercado como um todo está em alerta”, diz o presidente da ABSS, Cristiano Teodoro Russo.

Numa avaliação do cenário atual, Cristiano aponta como principal causa das demissões o movimento de retração pelo qual passa a economia mundial. “A economia está com o freio de mão puxado. A alta de juros verificada no fim de 2021 e início de 2022, aliada à guerra na Ucrânia, retraiu os mercados. Isso acaba se refletindo em todos os setores, inclusive o da saúde”.

Em território nacional, as startups também são afetadas negativamente por fatores tributários, onerações da folha de pagamento e instabilidade política, sendo que o país está às vésperas de uma eleição presidencial. “O setor da saúde tem uma interface pública muito grande. Estamos em um momento complicado, em que os empresários não conseguem saber se as políticas atuais serão ou não mantidas. O mercado como um todo está cauteloso e é normal que haja ponderação na hora de fazer grandes investimentos”.

Segundo Cristiano, nos últimos tempos os empresários têm descoberto, na prática, “que toda startup é uma empresa, mas que nem toda empresa é uma startup”. A prova disso é que, no momento de reduzir custos, o corte nas startups acontece, como em qualquer outra companhia, no setor de recursos humanos (RH).  Este geralmente é o que apresenta custos mais elevados.

Atualmente, no Brasil, de acordo com a ABSS, existem entre 800 e 1000 startups da área de saúde, de diferentes tamanhos. O número total de trabalhadores não é contabilizado.

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