Estudo realizado por pesquisadores de Kent, na Inglaterra,
em parceria com o Goethe-University e o Instituto de Pesquisa Dr. Petra Joh,
ambos na Alemanha, teve como objetivo analisar os padrões de transmissão de 22
doenças infecciosas diferentes durante a pandemia de Covid-19 na Inglaterra.
Segundo o trabalho, publicado no Journal of Medical Virology, as medidas tomadas para evitar o SARS-CoV-2 – como uso de máscaras e distanciamento social - reduziram
a propagação de patógenos transmitidos pelo ar e pela via fecal-oral, também
evitando a transmissão de uma ampla gama de outras doenças infecciosas. Além
disso, houve interrupção dos padrões de transmissão sazonal que costumavam ser
típicos de diversos patógenos antes do início da pandemia.
Depois que medidas preventivas para evitar a Covid-19 foram
flexibilizadas, os cientistas verificaram que a circulação de doenças
infecciosas que podem ser efetivamente evitadas por vacinas – como por exemplo a
caxumba e o sarampo - permaneceu suprimida por um tempo prolongado.
Porém, o mesmo não aconteceu com doenças evitáveis não
vacinais, como por exemplo infecções causadas por estreptococos do grupo A (Strep
A). Estas apresentaram uma recuperação rápida e, em muitos países, têm sido
responsáveis por um grande número de visitas de pacientes a unidades de saúde.
Os autores do estudo acreditam que as constatações são
importantes para comprovar a eficácia dos programas de vacinação.
Referência:
Lauren J. Hayes et al,
Impact of the COVID‐19 pandemic on the circulation of other pathogens in
England, Journal of Medical Virology (2022). DOI: 10.1002/jmv.28401
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