O Ministério da Saúde publicou, na última quarta-feira (03), em Diário Oficial da União, um protocolo para diagnóstico do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH). O documento também contém critérios de tratamento e mecanismos de regulação, controle, avaliação e acompanhamento da condição de neurodesenvolvimento.
O TDAH, segundo o Ministério, é caracterizado por uma tríade de sintomas envolvendo desatenção, hiperatividade e impulsividade em um nível exacerbado e disfuncional para a idade. Os sintomas começam na infância, podendo persistir ao longo de toda a vida.
“As dificuldades, muitas vezes, só se tornam evidentes a partir do momento em que as responsabilidades e a independência se tornam maiores, como quando a criança começa a ser avaliada no contexto escolar ou quando precisa se organizar para alguma atividade ou tarefa sem a supervisão dos pais”, ressalta a pasta.
O diagnóstico do transtorno geralmente é feito na infância, embora também possa ocorrer de forma tardia. Ele deve ser realizado por médico psiquiatra, pediatra, neurologista ou neuropediatra.
Segundo a Associação Brasileira de Déficit de Atenção, o TDAH é o transtorno mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados, atingindo entre 5% e 8% das crianças em todo o mundo. “Em mais da metade dos casos, o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos. Acredita-se que mais de 60% das crianças que tiveram TDAH na infância, ingressaram na vida adulta com sintomas”.
Pesquisas indicam que o transtorno está associado ao fracasso acadêmico, abandono escolar, acidentes de trânsito, uso de drogas e álcool, entre outras situações negativas na vida adulta.
Com informações de Agência Brasil.
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