Nesta segunda-feira (14), o Ministério da Saúde anunciou que o Risdipliam —medicamento usado para tratar Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo I, será incorporado pelo SUS. A decisão foi publicada na portaria SCTIE/MS Nº 19 no Diário Oficial da União.
O Risdiplam é um medicamento de alto custo no mercado. A equipe da Academia Médica realizou uma consulta pela plataforma Consulta Remédios e descobriu um frasco de Evrysi com 0,75 mg/ml custa entre R$70.000,00 e R$71.190,00.
Logo, a incorporação do remédio no SUS é um avanço para os pacientes que sofrem com essa doença, não possuem condições de bancar o tratamento e podem ter mais qualidade de vida com esse acesso.
O que é a Atrofia Muscular Espinhal?
Segundo definição do Ministério da Saúde, a AME é uma doença rara e degenerativa, com origens genéticas e, na prática, prejudica a capacidade do corpo humano na produção de uma proteína essencial para a sobrevivência dos neurônios motores. É uma doença grave nas crianças, mas também acomete os adultos.
De forma geral, o paciente perde a capacidade de respirar, engolir, se movimentar e, nos casos mais graves, há comprometimento dos músculos e os problemas motores são perceptíveis logo nos primeiros meses de vida.
Existem cinco variações da AME. Abaixo listamos cada uma delas, a partir de um material do Instituto Nacional de Atrofia Muscular Espinhal (INAME)
Tipo 0
O tipo 0 pode ser notado ainda na gestação da mulher, quando constatada baixa movimentação fetal. Neste caso, os bebês são acometidos por insuficiência respiratória grave, problemas cardíacos e ainda estão expostoss às altas taxas de mortalidade.
Tipo I
O tipo I de AME também afeta crianças em um nível grave. Geralmente, os sintomas costumam aparecer até o 6º mês de vida e são caracterizados por: limitação de mobilidade, necessidade de ventilador e equipamentos auxiliares para respirar, incapacidade de sustentar o pescoço, dificuldade de engolir, dentre outros.
Tipo II
Assim como o tipo I, a atrofia muscular do tipo 2 aparece a partir dos seis meses. Com a enfermidade, a criança não consegue andar e apresenta os sintomas anteriores de dificuldade respiratória e problemas de deglutição.
Tipo III
Nessa classificação, a doença afeta mais a mobilidade dos membros inferiores. Os sintomas surgem a partir dos 18 meses e, embora os pacientes consigam ficar em pé e andar, a progressão da atrofia é rápida.
Tipo IV
O tipo IV da AME acomete pessoas no início da fase adulta. A doença pode começar com fraqueza nos membros inferiores, com sintomas progressivos que levam a dificuldade de locomoção e outras complicações.
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Referências
- AGÊNCIA BRASIL. Medicamento para tratar atrofia espinhal muscular é incluído ao SUS. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2022-03/medicamento-para-tratar-atrofia-espinhal-muscular-e-incluido-ao-sus. Acesso em 14 de março de 2022
- BRASIL. Portaria Sctie/MS Nº19, de 11 de março de 2022. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-sctie/ms-n-19-de-11-de-marco-de-2022-385483004. Acesso em 14 de março de 2022
- MINISTÉRIO DA SAÚDE. Atrofia Muscular Espinhal (AME). Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/ame#:~:text=Existem%20cerca%20de%208%20mil,a%20cada%20100%20mil%20pessoas. Acesso em 14 de março de 2022
- INAME. Tipos de AME e Sintomas. Disponível em: https://iname.org.br/tipos-de-ame/. 14 de março de 2022