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Brasil registra primeiro caso de varíola dos macacos em animal doméstico

Brasil registra primeiro caso de varíola dos macacos em animal doméstico
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set. 5 - 5 min de leitura
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O Ministério da Saúde informa que foi notificado do primeiro caso confirmado de varíola dos macaco (Monkeypox) em animal doméstico. O caso aconteceu em Juiz de Fora, em Minas Gerais. A vítima é um cachorro de cinco meses de idade que conviveu no mesmo ambiente e teve contato com um humano diagnosticado com a doença.

O animal começou a ter sintomas no último dia 13 de agosto. Ele teve coceira, apresentando lesões e crostas localizadas em dorso e pescoço. A Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais orientou à Secretaria de Saúde Municipal de Juiz de Fora o isolamento do animal e desinfecção do local onde ele vive com água sanitária.

O proprietário do cão foi aconselhado a usar luvas, máscara e proteção de pele (blusa de manga comprida e calça) sempre que triver contato com o animal, mas principalmente no momento de alimentá-lo e cuidar de sua higiene.

A confirmação do caso foi feita pela Fundação Ezequiel Dias (FUNED), que notificou o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Minas Gerais (CIEVS Minas). N Brasil, até então, não havia evidência documentada de transmissão da varíola dos macacos do ser humano para animais. Existem dois relatos de casos do tipo no mundo, sendo um nos Estados Unidos e outro na França.

Segundo o Ministério, para evitar a propagação do vírus, os pacientes infectados por varíola dos macacos, além de evitar contato com outras pessoas, também devem evitar contato com animais. A transmissão geralmente ocorre através do contato próximo com as lesões, fluidos corporais e gotículas respiratórias de pessoas ou animais infectados, sendo possível desde o início dos primeiros sintomas até que as cicatrizes se separem e a pele tenha se curado totalmente.

Confira as recomendações de manejo de animais contaminados por varíola dos macacos:

• Não abandone animais de estimação; a eutanásia também não é recomendada por caua de uma exposição potencial ao vírus monkeypox;

• Não limpe ou banhe o animal de estimação com desinfetantes químicos, como álcool 70%, lenços de limpeza, produtos industriais ou de superfícies;

• Não coloque máscara no animal de estimação;

• Evite que o animal lamba as erupções cutâneas ou mucosas; utilize colar pós-operatório;

• Utilize água corrente ou soro fisiológico, se disponível, molhado na gaze para limpeza das feridas e seque para evitar infecção;

• Não utilize tratamentos, como medicamentos, sem prévia consulta de médico veterinário;

• Separe o animal doente de outros para minimizar o contato direto, por pelo menos 21 dias após o adoecimento ou até se recuperar totalmente;

• Evite o contato com pessoas imunosuprimidas, grávidas, pessoas que tenham filhos pequenos presentes (menores de 8 anos de idade), ou com histórico de dermatite atópica ou eczema, pois podem estar em risco aumentado de desfechos graves da doença; estes não devem prestar cuidados a animais doentes;

• Roupas de caminhas, recintos, pratos de alimentos e quaisquer outros itens em contato direto com animais infectados devem ser devidamente desinfetados previamente com água sanitária por 30 minutos e lavados com água corrente e sabão;

• Resíduos dos animais não devem ser deixados ao ar livre e sim descartados no sitema de encanamento ou nnuma lata de lixo edicada e forrada para todos os resíduos potencialmente contaminados.

• Para cuidar do animal doente, use equipamentos de proteção individual (EPI), como avental, óculos, luvas e máscaras cirúrgicas/N95, se disponível, ou blusa de manga comprida e calça (proteção da pele).

• Após o cuidado com animal, lave as mãos.

• Todos os resíduos, incluindo resíduos médicos, precisam ser descartados de maneira segura e não acessíveis a roedores e outros animais.

• Se o dono estiver contaminado, deve pedir a amigos ou familiares que moram em casa separadas para o cuidado do animal, até que se recupere totalmente. Depois que a pessoa estiver recuperada, desinfete a casa antes de trazer animais saudáveis de volta.

• Como os casos em animais domésticos ainda não estão amplamente divulgados, consulte um médico veterinário para orientações de medicamentos e tratamento.

Fonte: Ministério da Saúde.

Notificações: 

Os casos suspeitos de animais expostos à monkeypox devem ser imediatamente notificados ao Ministério da Saúde e Secretarias de Saúde locais. Os canais de comunicação do Ministério da Saúde são:

 E-mail: notifica@saude.gov.br

Telefone: 0800.644.66.45

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