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Cientistas desenvolvem nanopartículas capazes de tratar a endometriose

Cientistas desenvolvem nanopartículas capazes de tratar a endometriose
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abr. 21 - 2 min de leitura
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Cientistas desenvolveram uma nova nanotecnologia capaz de localizar e remover as lesões características de endometriose que acometem mulheres em idade fértil.

As nanopartículas magnéticas, estudadas em modelo animal, foram administradas na forma intravenosa e atuaram como agente de contraste, acumulando nas lesões e facilitando a visualizações delas em exames de imagem avançados como a ressonância magnética. 

Além de facilitar a visualização das lesões de endometriose, as nanopartículas, quando expostas a um campo magnético alternado, aumentam sua temperatura para 120 graus Fahrenheit, equivalente a 48 graus celsius — alta o suficiente para a remoção das lesões endométricas via calor.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 10% das mulheres em idade fértil terão endometriose e 35% a 50% das mulheres com dor pélvica e/ou infertilidade sofrem do distúrbio. Globalmente, a endometriose afeta cerca de 190 milhões de mulheres, segundo a OMS. Além disso, mais de um quarto das pacientes que passaram por uma cirurgia de endometriose precisam de três ou mais operações, visto que encontrar todo o tecido doente que precisa ser removido é difícil.

Os estudos com nanopartículas não são recentes, entretanto, as moléculas convencionais são esféricas e não tem a capacidade de aumentar substancialmente sua temperatura. Visto isso, os pesquisadores desenvolveram nanopartículas de forma hexagonal que têm mais de seis vezes a eficiência de aquecimento de nanopartículas esféricas convencionais quando submetidas a um campo magnético alternado.

Além disso, as nanopartículas modificadas com um peptídeo, que tem como alvo um receptor celular abundante nas células da endometriose, aumentou a capacidade das partículas de se acumular nas lesões da endometriose. Com essa tecnologia, estudos de camundongos com tecido endometriótico transplantado de macacos demonstraram a capacidade das nanopartículas de erradicar as células doentes após uma sessão de hipertermia magnética.

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Referência 

  1. YOUNGRONG PARK et al. Targeted Nanoparticles with High Heating Efficiency for the Treatment of Endometriosis with Systemically Delivered Magnetic Hyperthermia, Small (2022). Disponível em: DOI: 10.1002/smll.202107808. Acesso em 20 de abril de 2022.

 


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