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A influência da música no desempenho competitivo

A influência da música no desempenho competitivo
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ago. 15 - 4 min de leitura
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Um estudo realizado pela Universidade de Agder (UiA) na Noruega oferece novas perspectivas sobre os efeitos ergogênicos da música, ou seja, a capacidade da música de melhorar o desempenho físico. Os resultados trazem para nós alguns insights sobre o desempenho humano. 

Muitos já reconheceram intuitivamente que a música pode melhorar o desempenho durante o exercício, mas a pesquisa conduzida pelo Prof. Associado Aron Laxdal na Universidade de Agder UiA explorou um ângulo diferente. A equipe se perguntou: "E se os atletas ouvissem música antes de uma competição, em vez de durante ela?" Para investigar essa questão, 40 jovens soldados foram submetidos a uma série de experimentos que envolviam ouvir diferentes versões de uma faixa techno especialmente composta. A escolha por militares teve um propósito: eles compartilham faixa etária semelhante, gosto musical e nível de treinamento.

A singularidade deste estudo está na utilização de uma música especialmente composta por um aluno da UiA. A faixa techno foi concebida para ser tocada em diferentes tempos, sem comprometer a sua qualidade. O foco estava em uma composição que evocasse o desejo de se exercitar e fosse familiar ao grupo-alvo.

Os participantes, após escutarem a música, mostraram-se mentalmente mais preparados e com expectativas para a atividade física do que aqueles que não a ouviram. Além disso, aqueles que ouviram a versão mais rápida da faixa demonstraram um esforço significativamente maior durante uma sessão de remo, indicando benefícios psicológicos da música.

Os resultados divulgados pela Universidade de Agder têm implicações significativas tanto para o mundo clínico quanto para o treinamento esportivo. A música, ao ser reconhecida como um agente potencializador do desempenho, destaca-se como um recurso valioso em cenários de reabilitação física e preparação atlética. Aprofundar nosso entendimento sobre os efeitos ergogênicos da música pode direcionar a inclusão de estratégias musicais em intervenções terapêuticas, potencializando o desempenho e bem-estar geral.

Num contexto mais amplo e observando nossa trajetória evolutiva, é crucial perceber a importância das interseções entre distintas áreas de estudo. As descobertas da Universidade de Agder proporcionam uma perspectiva adicional sobre o papel da música em nossa história. Ela vai além de ser apenas uma forma de arte ou entretenimento; a música é um poderoso catalisador, com a capacidade de aprimorar nosso desempenho, servindo de consolo em momentos difíceis e elevando nossa mentalidade a diferentes patamares de consciência.

Além de seu reconhecido valor terapêutico, a música permeia nossa vida cotidiana. Tanto para enfrentar desafios quanto para buscar inspiração, as melodias desempenham um papel essencial. A amplitude de influência da música em nosso comportamento e humor é vasta, revelando-se um modulador potente em diversas situações.

À medida que reconhecemos os avanços na pesquisa e compreendemos o potencial ergogênico da música, torna-se crucial valorizar seu impacto em nós. A música não apenas ativa áreas cerebrais específicas, mas também carrega um valor intrínseco que potencializa o bem-estar humano. Assim, somos todos convidados a fazer nosso próprio experimento: escolher e ouvir aquela canção que nos inspira e energiza. 🎧😉



Leia também: 


Referências: 

  • Tamiasso, R. S. S., Silva, V. A. D., & Turrini, R. N. T. (2023). Instrumentos de percussão membranofones na musicoterapia com pacientes adultos no contexto de saúde: revisão de escopo. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 57, e20220263.



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