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Como proteger nossas crianças da violência on-line?

Como proteger nossas crianças da violência on-line?
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dez. 6 - 3 min de leitura
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou no início de dezembro um relatório sobre o que é efetivo para a prevenção de violência on-line contra crianças. O documento tem como foco principal duas formas de violência: abuso sexual infantil, incluindo aliciamento e abuso de imagens sexuais; e agressão cibernética e assédio na forma de cyberbullying, cyberstalking, hacking e roubo de identidade. 

Segundo o diretor do Departamento de Determinantes Sociais da Saúde da OMS, Etienne Krug, esse relatório fornece uma direção clara para a ação de governos e outros parceiros de desenvolvimento, mostrando o que deve ser feito para enfrentar a violência on-line e off-line com união e de forma eficaz. 

Estratégias de proteção

Para prevenir a violência on-line contra crianças, o relatório destaca a importância da implementação de programas educativos dirigidos a crianças e pais. Estudos citados no relatório demonstraram a eficácia de tais programas na redução dos níveis de vitimização e comportamentos de risco associados à violência, como abuso de álcool e drogas.

O documento recomenda a implementação de programas educacionais escolares com várias sessões, as quais promovam a interação entre os jovens e envolvam os pais. Além disso, a OMS destaca a importância de treinar os jovens em habilidades específicas para a vida, como assertividade, empatia, resolução de problemas, gerenciamento de emoções, busca de ajuda, entre outras. O relatório enfatiza que os programas educacionais são mais bem-sucedidos quando usam formatos de entrega múltiplos e variados, como vídeos, jogos, cartazes, infográficos e discussões guiadas.

O relatório também quantificou a evidência, confirmada em países de todos os níveis de renda, de que formas abrangentes de educação sexual podem reduzir a agressão física e sexual, em particular a violência no namoro e entre parceiros e o bullying homofóbico. 

Por fim, o relatório incluiu e enfatizou a necessidade de mais programas de prevenção da violência que integrem conteúdo sobre os perigos on-line com a prevenção da violência off-line, dada a sobreposição desses problemas e suas abordagens comuns de prevenção; menos ênfase no perigo de estranhos, pois os estranhos não são os únicos ou mesmo os predominantes infratores na violência on-line contra crianças; mais ênfase em conhecidos e colegas perpetradores, que são responsáveis pela maioria dos delitos; e mais atenção às habilidades de relacionamento saudável, uma vez que o romance e a busca de intimidade são as principais fontes de vulnerabilidade à violência on-line. 

O documento na íntegra e na língua inglesa está disponível para download na página da OMS, para acessar basta clicar aqui.

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