Comparando sequências genéticas de pessoas com esquizofrenia
com as de pessoas saudáveis, uma equipe de pesquisadores ligada à Icahn
School of Medicine at Mount Sinai,
nos Estados Unidos, encontrou dois genes que podem aumentar o risco de surgimento
do distúrbio: SRRM2 e AKAP11.
O achado acaba de ser publicado na Nature Genetics, em artigo intitulado “Schizophrenia risk conferred by rare
protein-truncating variants is conserved across diverse human populations" (O risco de esquizofrenia
conferido por raras variantes de truncamento de proteínas é conservado em
diversas populações humanas).
Segundo a pesquisa, o risco de esquizofrenia conferido pelos
dois genes é conservado independente de etnia. Embora a doença seja considerada
multifatorial, os cientistas acreditam que o achado pode contribuir com o
desenvolvimento de novas terapias para controle e tratamento do problema, tendo
como alvo os genes de forma específica.
No mesmo estudo, os pesquisadores descobriram que um terceiro
gene já associado à esquizofrenia, o PCLO, também pode representar maior risco
de autismo.
No mundo, uma em cada cem pessoas tem esquizofrenia.
Referência:
Dongjing Liu, Schizophrenia risk conferred by rare protein-truncating variants is conserved across diverse human populations, Nature Genetics (2023). DOI: 10.1038/s41588-023-01305-1. www.nature.com/articles/s41588-023-01305-1
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