Ao comparar a eficácia de Inibidores de Recaptação de
Serotonina Selecionados (ISRSs) com Inibidores da Recaptação de
Serotonina-noradrenalina (SNRIs) em pacientes com diferentes níveis de PCR
(Proteína C Reativa), os resultados mostraram que a eficácia dos SNRIs foi
melhor do que a dos ISRSs em pacientes com PCR alta. Isto indica que os IRSNs
têm efeitos anti-inflamatórios mais fortes do que os SNRIs, uma vez que os
resultados não foram encontrados com PCR baixa.
O dado resulta de um estudo de coorte publicado no Journal of Affective Disorders, que incluiu
918 pacientes com depressão e comparou os níveis de PCR antes e após o
tratamento com antidepressivos. Os resultados mostraram diferença estatística
significativa entre idade, gênero, IMC (Índice de Massa Corporal) e níveis
altos e baixos da PCR no curso da doença.
Sabe-se que a PCR está positivamente correlacionada com o
IMC. Além disso, foi constatado que pacientes com PCR elevada apresentaram um
curso mais longo da doença. Entre os pacientes em uso de ISRSs, a eficácia foi
melhor entre aqueles que tinham PCR baixa.
Segundo o estudo, os inibidores da recaptação de
norepinefrina diminuem as citocinas do tipo Th1 e alteram o equilíbrio para a
resposta imune humoral, enquanto os inibidores da recaptação da serotonina
limitam a produção de citocinas do tipo Th2 e alteram o equilíbrio para a
resposta imunológica celular.
A PCR é produzida
após estimulação com IL-6, enquanto a IL-6 é uma proteína pró-inflamatória
secretada por células Th2. Por isso, acredita-se que seja um marcador que
reflete a mudança do equilíbrio Th1/Th2.
A comparação entre diferentes tipos de medicamentos e entre
o mesmo tipo de medicamento resultou na constatação de que pacientes com PCR
elevada podem ter menor eficácia dos ISRSs.
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