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Eficácia de antidepressivos pode ser prevista de acordo com nível de PCR dos pacientes

Eficácia de antidepressivos pode ser prevista de acordo com nível de PCR dos pacientes
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set. 26 - 2 min de leitura
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Ao comparar a eficácia de Inibidores de Recaptação de Serotonina Selecionados (ISRSs) com Inibidores da Recaptação de Serotonina-noradrenalina (SNRIs) em pacientes com diferentes níveis de PCR (Proteína C Reativa), os resultados mostraram que a eficácia dos SNRIs foi melhor do que a dos ISRSs em pacientes com PCR alta. Isto indica que os IRSNs têm efeitos anti-inflamatórios mais fortes do que os SNRIs, uma vez que os resultados não foram encontrados com PCR baixa.

O dado resulta de um estudo de coorte publicado no Journal of Affective Disorders, que incluiu 918 pacientes com depressão e comparou os níveis de PCR antes e após o tratamento com antidepressivos. Os resultados mostraram diferença estatística significativa entre idade, gênero, IMC (Índice de Massa Corporal) e níveis altos e baixos da PCR no curso da doença.

Sabe-se que a PCR está positivamente correlacionada com o IMC. Além disso, foi constatado que pacientes com PCR elevada apresentaram um curso mais longo da doença. Entre os pacientes em uso de ISRSs, a eficácia foi melhor entre aqueles que tinham PCR baixa.

Segundo o estudo, os inibidores da recaptação de norepinefrina diminuem as citocinas do tipo Th1 e alteram o equilíbrio para a resposta imune humoral, enquanto os inibidores da recaptação da serotonina limitam a produção de citocinas do tipo Th2 e alteram o equilíbrio para a resposta imunológica celular.

 A PCR é produzida após estimulação com IL-6, enquanto a IL-6 é uma proteína pró-inflamatória secretada por células Th2. Por isso, acredita-se que seja um marcador que reflete a mudança do equilíbrio Th1/Th2.

A comparação entre diferentes tipos de medicamentos e entre o mesmo tipo de medicamento resultou na constatação de que pacientes com PCR elevada podem ter menor eficácia dos ISRSs.

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