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Estudo sugere revisão sobre intervalo de gravidez após aborto

Estudo sugere revisão sobre intervalo de gravidez após aborto
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nov. 23 - 2 min de leitura
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A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que, após um aborto, seja ele espontâneo ou realizado por procedimento médico, as mulheres esperem pelo menos seis meses para engravidar novamente, evitando assim complicações na próxima gestação.

Porém, segundo um estudo publicado na PLOS Medicine, a concepção dentro do período de três meses após a interrupção de uma gestação não está associada a riscos aumentados de resultados adversos da gravidez, como parto prematuro, bebê grande ou pequeno para a idade gestacional, pré-eclâmpsia ou diabetes gestacional .

A pesquisa foi conduzida por cientistas da Curtin School of Population Health, da Austrália, envolvendo 49.058 nascimentos após aborto espontâneo e 23.707 nascimentos após aborto provocado entre os anos de 2008 e 2016.

Especificamente em relação ao tamanho do bebê, foi verificado inclusive que, em comparação com a espera de 6 a 11 meses para engravidar novamente, mulheres que tiveram aborto espontâneo e conceberam em menos de três meses após o episódio tiveram menor risco de gestar fetos pequenos para a idade gestacional. O risco também era menor em relação ao desenvolvimento de diabetes gestacional.

Embora admitam que o estudo teve algumas limitações, como falta de informações relativas à intenção de engravidar das mulheres participantes, os autores pedem que seja feita revisão das recomendações atualmente existentes para o espaçamento da gravidez após perda gestacional.

Referência:

Gizachew Tessema et al, Interpregnancy interval and adverse pregnancy outcomes among pregnancies following miscarriages or induced abortions in Norway (2008–2016): A cohort study. PLoS Medicine (2022). journals.plos.org/plosmedicine … journal.pmed.1004129

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