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Como os Riscos Cardiovasculares Afetam a Terapia da Artrite Reumatoide?

Como os Riscos Cardiovasculares Afetam a Terapia da Artrite Reumatoide?
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nov. 29 - 4 min de leitura
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O estudo publicado no Journal of the American College of Rheumatology, em 17 de novembro de 2023, oferece insights sobre o tratamento da artrite reumatoide (AR) em pacientes com fatores de risco cardiovascular (CVD). Esta pesquisa, intitulada "Cardiovascular Risk Factors and the Risk of Discontinuation of Advanced Therapies Due to Treatment Failure in Rheumatoid Arthritis: Results From the Ontario Best Practices Research Initiative", revela aspectos cruciais que podem influenciar a abordagem terapêutica na AR.

Na tabela abaixo, é possível observar as características de base dos participantes do estudo, organizadas de acordo com o número de fatores de risco cardiovascular identificados em cada indivíduo:

Fonte:  Fonte:  Aboulenain, S. et al. (2023)

🔎 Pontos principais da pesquisa:


1. Interconexão entre AR e CVD:

A pesquisa reafirma a associação bem estabelecida entre AR e doenças cardiovasculares, destacando que a inflamação crônica e a prevalência de fatores de risco tradicionais para CVD, muitas vezes subdiagnosticados, contribuem para o aumento do risco de CVD em pacientes com AR.


2. Influência dos Fatores de Risco Cardiovascular no Tratamento da AR:

O estudo observou que pacientes com AR que apresentam fatores de risco para CVD têm maior probabilidade de experimentar falhas no tratamento, especialmente a falha secundária, que é caracterizada pela perda da resposta terapêutica obtida inicialmente. Isso é crucial para a seleção e o manejo futuro do tratamento da AR.


3. Tratamento e Retenção de Medicamentos:

Foi observado que pacientes com diversos fatores de risco cardiovascular possuem maiores índices de interrupção no tratamento com medicamentos biológicos modificadores da doença reumática (biologic disease-modifying antirheumatic drugs, bDMARDs) e medicamentos sintéticos direcionados modificadores da doença reumática (targeted synthetic disease-modifying antirheumatic drugs, tsDMARDs), sendo essa descontinuação atribuída principalmente à falha no tratamento, e não a eventos adversos.

🚩 Este achado é de particular importância para a prática clínica, pois enfatiza a necessidade de avaliar e gerir ativamente os fatores de risco de CVD em pacientes com AR.

Para ilustrar melhor as conclusões do estudo, a tabela a seguir oferece uma análise multivariada das razões para a descontinuação do primeiro bDMARD ou tsDMARD, baseada no status dos fatores de risco cardiovascular no início do estudo e em fatores de risco individuais:

Fonte:  Aboulenain, S. et al. (2023)


4. Recomendações Futuras e Limitações:

A pesquisa destaca a necessidade de mais estudos para elucidar os mecanismos subjacentes e avaliar estratégias para modificar a associação entre fatores de risco de CVD e falhas no tratamento da AR. Também são mencionadas limitações, como o design observacional e a falta de informações detalhadas sobre a severidade dos fatores de risco cardiovascular.

Este estudo ressalta a importância de uma abordagem holística no manejo da artrite reumatoide, considerando não apenas a doença em si, mas também as comorbidades cardiovasculares associadas. Integrar esse conhecimento na prática clínica pode otimizar os resultados do tratamento aos pacientes.

As imagens apresentadas neste conteúdo foram extraídas da pesquisa original. Para uma consulta detalhada ao estudo completo, disponibilizamos aqui o link de acesso.


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Referência: 

Aboulenain, S., Li, X., Movahedi, M., Bombardier, C. and Kuriya, B. (2023), Cardiovascular Risk Factors and the Risk of Discontinuation of Advanced Therapies Due to Treatment Failure in Rheumatoid Arthritis: Results From the Ontario Best Practices Research Initiative. ACR Open Rheumatology. https://doi.org/10.1002/acr2.11629



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