Um em cada seis adultos sofre de infertilidade. A informação
faz parte de um relatório publicado nesta terça-feira (04), pela Organização
Mundial da Saúde (OMS).
Segundo o documento, 17,5% dos adultos em todo o mundo são
afetados pela infertilidade em algum momento da vida, não sendo encontrada
grande variação entre regiões e países ricos e pobres.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, reforçou
que a incapacidade de conceber após doze meses de tentativas independe de
classe social. Ele declarou: “uma verdade importante: a infertilidade não
discrimina”.
A questão foi apontada pela entidade como um grande desafio
de saúde global, sendo destacada a importância de promover a igualdade de
acesso a diagnósticos e tratamentos de reprodução assistida, como por exemplo a
fertilização in vitro (FIV).
“As soluções para a prevenção, diagnóstico e tratamento da
infertilidade permanecem subfinanciadas e inacessíveis para muitos devido aos
altos custos, estigma social e disponibilidade limitada. Atualmente, na maioria
dos países, os tratamentos de fertilidade são em grande parte financiados pelo
próprio bolso – muitas vezes resultando em custos financeiros devastadores. As
pessoas nos países mais pobres gastam uma proporção maior de sua renda com cuidados
de fertilidade em comparação com as pessoas nos países mais ricos. Custos altos
frequentemente impedem as pessoas de acessar tratamentos de infertilidade ou,
alternativamente, podem catapultá-las para a pobreza como consequência da
procura de cuidados”, informa a OMS.
Para confeccionar o relatório, integrantes da OMS analisaram
133 estudos sobre a prevalência global e regional de infertilidade, realizados
entre os anos de 1990 e 2021.
- Altas concentrações de PFAS no sangue associadas à redução da fertilidade feminina
- Diagnóstico e manejo da endometriose. Veja o que diz revisão da Canadian Medical Association
- Pílula anticoncepcional masculina tomada momentos antes do sexo demonstra bons resultados
- Descoberta molécula com potencial para ser usada como contraceptivo não hormonal masculino
- Consumo de álcool pode influenciar nas taxas de sucesso de tratamentos de fertilidade