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Maria Montessori: educar é o melhor remédio! - Parte 5

Maria Montessori: educar é o melhor remédio! - Parte 5
Luan Gustavo
set. 15 - 4 min de leitura
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Seja bem-vindo à coluna Historynemia que conta as histórias de personagens importantes da medicina e suas contribuições para a sociedade. Fique à vontade para comentar, curtir e compartilhar com seus amigos. 

No texto dessa semana continuaremos a discutir o Método Montessoriano com ênfase nos materias utilizados.  Vamos lá?

 

Um estímulo à concentração da criança: os materiais 

Algo que chama a atenção de quem não está habituado ao método montessoriano são os materiais utilizados em sala de aula. O objetivo das peças tem um conceito que vai muito além do certo e errado, ou do uso correto. É algo mais profundo eu diria, tem a ver com trabalhar a autoconstrução e o desenvolvimento psíquico da criança. Montessori entendia que a concentração seria essencial para esse desenvolvimento, algo extremamente essencial, então enquanto a criança estava ali tentando encaixar algumas peças, empilhando bloquinhos, por exemplo, esse nível de concentração necessário seria alcançado, e como a molecada tinha essa oportunidade de escolher a qual tarefa se dedicar em cada período do dia, a criança automaticamente escolheria os objetos que pra ela seria interessante naquele momento. Desse modo, se concentrar naquilo seria um processo natural e, se a criança já não quer mais um determinado joguinho, ela tem total autonomia pra guardar o brinquedo e fazer outra coisa. 

Existe um relato de Montessori em que ela diz que certa vez, em uma de suas salas de aula ela observou uma garotinha de 3 anos que trabalhava com os chamados encaixes sólidos, a menininha estava vidrada, completamente absorvida pela tarefa, então como uma forma de experimentação,  Montessori pediu pra que a professora e outros alunos fizessem um círculo ao redor da criança e começassem a cantar e dançar. A menina continuou montando o negocinho como se nada tivesse acontecendo. Intrigada Maria Montessori pegou a menina que estava brincando, com sua poltroninha e tudo, a menina colocou os objetos entre as pernas, então a colocou em cima de uma mesinha e a garotinha continuou sua atividade como se nada tivesse acontecido. Depois de várias outras repetições a menina simplesmente parou sua atividade como se tivesse despertado de um sonho, sorriu e passou a observar as coisas ao seu redor. 

Ouça esse texto na íntegra no seu agregador de podcasts favoritos, busque por @historynemia

Brinquedos educativos e o método montessoriano

Existe, sim, uma sugestão de certos trabalhos e materiais para determinadas idades, porém as salas de aula não tinham uma idade fixa para os alunos, eram por exemplo, uma turma com crianças de 3-6 anos, outra de 7-10 e assim por diante. No entanto, isso não era algo restrito e as crianças não eram obrigadas a brincar somente com o material que fosse sugerido para sua idade, podendo variar as opções e cabia também ao professor observar e sugerir aos poucos atividades mais complexas, caso ele entendesse que a criança já estava preparada pra “subir de nível”, ou adiar a apresentação de uma nova atividade, caso sentisse que a criança ainda não estava preparada para aquilo. Maria Montessori viajou o mundo inteiro dando treinamentos e também recebia gente de diversas nacionalidades interessadas em disseminar sua filosofia em seus respectivos países. 

Um problema muito bem-vindo

O cuidado com os materiais que entravam nas salas de aula é grande, eles  seguiam uma série de requisitos que visavam o entendimento progressivo do aluno: no começo o erro a ser descoberto deve ser exposto em uma peça única do material. O erro a ser descoberto significava um problema a ser resolvido, e a intenção é que a criança logo o percebesse. Por exemplo, em uma torre de bloquinhos de madeira, os blocos variavam apenas em tamanho para que a criança entendesse que os maiores deveriam estar por baixo, na base da estrutura. Nesse estágio do aprendizado, o método montessoriano defendia que não havia a necessidade de uma variação em formatos, sons e cores, como nos brinquedos encontrados nas prateleiras das lojas infantis.

 

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