Uma recente publicação de Caldeira TCM et al., intitulada "Temporal Trend in the Coexistence of Risk Behaviors for Noncommunicable Diseases in Brazil: 2009–2019", destacou uma preocupação crescente com o aumento da prevalência de doenças não transmissíveis (DNTs) e comportamentos de risco associados a população brasileira.
As DNTs, que incluem doenças cardiovasculares, cânceres, doenças respiratórias crônicas e diabete, são a principal causa de morte prematura e diminuição da qualidade de vida no Brasil e no mundo. Quatro comportamentos de risco modificáveis - dieta inadequada, tabagismo, consumo de álcool e inatividade física contribuem significativamente para a etiologia dessas doenças.
O estudo utilizou dados coletados pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2009 a 2019 para analisar a tendência temporal na coexistência de comportamentos de risco relacionados a DNTs e investigar sua associação com variáveis sociodemográficas.
Os resultados sugerem que a coexistência de comportamentos de risco para DNTs, incluindo tabagismo, consumo regular de bebidas adoçadas com açúcar e consumo abusivo de álcool, é mais frequente entre homens do que mulheres e está inversamente associada à idade e anos de escolaridade. Apesar de uma diminuição geral na coexistência de comportamentos de risco para DNTs durante o período do estudo, observou-se uma estagnação na segunda metade do período.
Essas descobertas reforçam a importância da implementação de políticas públicas eficazes para reduzir comportamentos de risco de DNTs no Brasil, especialmente considerando a coexistência desses comportamentos. Além disso, destacam a necessidade de avançar políticas públicas para grupos populacionais mais vulneráveis às DNTs e implementar estratégias para combater a coexistência de comportamentos de risco para DNTs.
Como profissionais da saúde, temos um papel crucial na conscientização, prevenção e gerenciamento de comportamentos de risco modificáveis. É nossa responsabilidade encorajar os pacientes a adotarem estilos de vida mais saudáveis, fornecendo informações sobre os riscos associados a comportamentos prejudiciais à saúde, oferecendo orientações personalizadas para promover mudanças comportamentais benéficas.
Ademais, é imperativo que nos posicionemos a favor da implementação de políticas públicas eficientes, que estimulem ambientes saudáveis e favoreçam a adoção de comportamentos salutares por parte de nossos pacientes. Através de nossa participação ativa e nosso compromisso em enfrentar a prevalência e coexistência de comportamentos de risco associados às doenças não transmissíveis, podemos causar um impacto significativo na saúde e no bem-estar da população brasileira.
Para mais informações e uma compreensão mais aprofundada do estudo, acesse o artigo completo. Esta pesquisa fornece insights valiosos que podem ser úteis para médicos, outros profissionais de saúde, formuladores de políticas e todas as pessoas que estão genuinamente interessadas em melhorar a saúde pública e combater a prevalência de doenças não transmissíveis em nosso país.
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Temporal Trend in the Coexistence of Risk Behaviors for Noncommunicable Diseases in Brazil: 2009–2019
Vamos juntos promover uma sociedade mais saudável, prevenindo e controlando efetivamente os comportamentos de risco para doenças não transmissíveis.
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Referência:
Caldeira TCM, Silva LES, Sousa TM, Soares MM, Claro RM. Temporal Trend in the Coexistence of Risk Behaviors for Noncommunicable Diseases in Brazil: 2009–2019. Prev Chronic Dis 2023;20:220296. DOI: http://dx.doi.org/10.5888/pcd20.220296