A Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou um surto do
vírus Marburg, pertencente à mesma família do Ebola, na Guiné Equatorial. O
patógeno é considerado um dos mais letais do mundo, com taxa de mortalidade
média de 50%, podendo chegar a 88% dependendo da cepa identificada.
No total, entre 7 de janeiro e 7 de fevereiro, o vírus
causou a morte de pelo menos nove pessoas no país africano, que declarou estado
de emergência sanitária. Nos últimos dias, na província de Kie-Ntem e no
distrito vizinho de Mongomo foi implementado um plano de bloqueio que está
afetando cerca de 4 mil pessoas.
O Marburg causa dor de cabeça forte, mal-estar e febre
intensa, muitas vezes acompanhada de sangramento dentro de um período de sete
dias após a contaminação e falência de órgãos. Não existem antivirais aprovados
para tratamento.
Segundo a OMS, pessoas contaminadas geralmente são
submetidas a tratamentos potenciais com hemoderivados, terapias imunológicas e medicamentosas.
“Cuidados de suporte – reidratação com fluidos orais ou intravenosos – e
tratamento de sintomas específicos melhoram a sobrevida”, informa.
No que diz respeito a vacinas, também não há atualmente
nenhum imunizante autorizado, embora existam alguns candidatos com dados de
fase 1 em avaliação.
O Marburg tem como hospedeiro natural o morcego frugívoro
africano. O animal carrega o vírus, mas não adoece, podendo transmiti-lo para
seres humanos. A transmissão de pessoa para pessoa acontece através de contato
com sangue e outros fluidos corporais, superfícies e materiais infectados.
Com informações de Agence France-Presse.
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