A prática regular de yoga é mais eficaz para a saúde
cardiovascular e para o bem-estar do que a realização periódica de exercícios
comuns de alongamento, segundo estudo publicado no Canadian Journal of Cardiology e desenvolvido por integrantes da Quebec Heart and Lung Institute - Laval
University.
Os exercícios de alongamento e os componentes físicos que
integram a realização de yoga, quando praticados com constância, são capazes de
reduzir a pressão arterial sistólica e a frequência cardíaca em repouso,
contribuindo com a saúde do coração.
Para chegar à conclusão, foram recrutadas sessenta pessoas
com pressão alta e síndrome metabólica previamente diagnosticadas para
participação em um programa de exercícios. Pelo período de três meses, os
participantes foram divididos em dois grupos, sendo que um realizou quinze
minutos de yoga estruturada cinco vezes na semana e outro a mesma frequência de
alongamento comum. No programa, também foi incluída a realização de trinta
minutos de treinamento aeróbico.
Foram medidos pressão arterial, antropometria, proteína
C-reativa de alta sensibilidade (PCR-hs), níveis de glicose e lipídios e
escores de risco de Framingham e Reynolds dos participantes. Inicialmente, não
foi constatada diferença entre os grupos em idade, sexo, taxas de tabagismo,
índice de massa corporal (IMC), pressão arterial sistólica e diastólica em
repouso, frequência cardíaca em repouso e pressão de pulso.
Depois do cumprimento dos três meses pré-estabelecidos, foi
constatada redução da pressão arterial sistólica e diastólica em repouso,
pressão arterial média e frequência cardíaca nos integrantes de ambos os
grupos. Porém, a pressão arterial sistólica foi reduzida em 10 mmHg com yoga
versus 4 mmHg com alongamento. Além disso, a prática de yoga também diminuiu a
frequência cardíaca em repouso e o risco cardiovascular de dez anos no sistema
de avaliação que utiliza a pontuação de risco de Reynold.
Referência:
Impact of Yoga on
Global Cardiovascular Risk as an Add-on to a Regular Exercise Regimen in
Patients with Hypertension, Canadian Journal of Cardiology (2022). DOI: 10.1016/j.cjca.2022.09.019
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