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Prolapso Uterino: Prevalência, Diagnóstico e Tratamento

Prolapso Uterino: Prevalência, Diagnóstico e Tratamento
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out. 26 - 4 min de leitura
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O prolapso uterino é uma condição médica que afeta muitas mulheres em todo o mundo. Sendo uma forma específica de prolapso dos órgãos pélvicos, o artigo publicado em JAMA Insights objetivou esclarecer sobre a prevalência, sintomatologia, diagnóstico e opções terapêuticas atualizadas para essa condição.


🚩 Definição e Etiologia:

O prolapso dos órgãos pélvicos descreve a descida anormal das paredes vaginais, levando à herniação de órgãos como o útero. O prolapso uterino em particular refere-se à afecção do topo da vagina. Curiosamente, apesar de envolver o útero, o prolapso não é originado por problemas uterinos, mas sim pela fragilidade dos músculos do assoalho pélvico e tecidos conectivos.


🚩 Prevalência e Fatores de Risco:

Nos Estados Unidos, estima-se que o prolapso afete impressionantes 41% das mulheres entre 50 e 79 anos. Fatores como partos vaginais, tabagismo, menopausa, constipação e obesidade são conhecidos por aumentar o risco.


🚩 Sintomas e Diagnóstico:

A sensação de um abaulamento vaginal é o sintoma mais comumente relatado. Entretanto, nem todas as mulheres apresentam sintomas e, para algumas, a condição pode ser uma descoberta incidental. O diagnóstico é geralmente possível com base em entrevistas clínicas e confirmado mediante de exame físico. A *classificação POP-Q é um sistema reconhecido internacionalmente para quantificar o prolapso.


🚩 Opções Terapêuticas: As decisões terapêuticas devem ser personalizadas, levando em consideração a severidade dos sintomas e as preferências do paciente:

  • Não Cirúrgicas:

    • Pessários Vaginais: Esses dispositivos são inseridos na vagina para fornecer suporte estrutural. Eles requerem cuidados contínuos, seja pela própria paciente ou por profissionais de saúde.
    • Fisioterapia do Assoalho Pélvico: Tem eficácia comprovada na melhoria da incontinência urinária e fecal, mas sua eficácia no tratamento do prolapso varia.
  • Cirúrgicas:

    • Existem diversas opções, desde cirurgias que utilizam os tecidos da própria paciente (cirurgias de tecido nativo) até aquelas que empregam materiais de enxerto, como malhas sintéticas. A escolha do procedimento deve ser uma decisão compartilhada entre médico e paciente.
Em resumo, o prolapso uterino é uma condição que merece atenção devido à sua prevalência e potencial impacto na qualidade de vida das mulheres. As abordagens terapêuticas são variadas, e o tratamento deve ser adaptado às necessidades individuais de cada paciente. A pesquisa contínua e o aprimoramento das técnicas cirúrgicas prometem melhores resultados no futuro, reforçando a importância de se manter atualizado neste campo da medicina.

* Para exemplificar os estágios do prolapso de órgãos pélvicos, demonstramos a figura a seguir, a qual apresenta os Estágios da Quantificação de Prolapso de Órgãos Pélvicos (POP-Q), segundo Jelovsek JE, Barber MD, Brubaker L, et al. 2018.

Fonte: JAMA.  doi:10.1001/jama.2018.2827


Leia também: 


Referência: 

  • Brown OE, Mou TP, Ackenbom MF. Uterine Prolapse. JAMA. 2023;330(15):1486–1487. doi:10.1001/jama.2023.16277
  • Jelovsek JE, Barber MD, Brubaker L, et al. Effect of Uterosacral Ligament Suspension vs Sacrospinous Ligament Fixation With or Without Perioperative Behavioral Therapy for Pelvic Organ Vaginal Prolapse on Surgical Outcomes and Prolapse Symptoms at 5 Years in the OPTIMAL Randomized Clinical Trial. JAMA. 2018;319(15):1554–1565. doi:10.1001/jama.2018.2827



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