Finalizaremos hoje nossa série de artigos sobre a Medicina 4.0 falando sobre o terceiro pilar da Industria 4.0 e sua transposição para o mundo da medicina. Os textos anteriormente publicados foram:
Começaremos este texto escrevendo literalmente o terceiro pilar e seus princípios conforme o artigo inicial:
Computação em nuvem: descentralização (habilidade de tomar decisões sem humanos), ter capacidade em tempo real (capacidade de coletar dados, analisar e entregar informações em tempo real), interoperabilidade (comunicação continua entre sistemas dos diversos ambientes).
Há vários desdobramentos desse pilar e os mais conhecidos por nós são Machine learning e Big data
Quando falamos em Big data, imaginamos grandes dados transitando de um computador a outro ou pensamos no volume total de dados de uma instituição. Não é bem assim. Por Big data entende-se a princípio 3 V’s: volume (quantidade de dados), velocidade (de transporte dos dados), variedade (o dado analisado pode estar em qualquer ponto da rede, em um site, em blog, em uma notícia, etc – “na nuvem”).
A aplicação de técnicas de Big data é particular para cada cenário. Na industria é de uma maneira, em ambientes médicos apresenta-se de outras, na maioria das vezes como informações de coleta de dados. O programa de Big data sozinho não faz nada, ele precisa de API’s (Aplication Programming Interface), ou seja, programas que interagem através de troca de informação com o núcleo principal. Há API para tráfego de dados, API para realizar o machine learning e tomada de decisão, API para aprender comportamento de usuários, etc.
A machine learning é um conjunto de ações dinâmicas e estratégicas que a máquina executa a partir de uma informação tida como starter. A medida que ela executa novas ações, ela grava padrões novos de execução de maneira que a máquina 'aprende' com o tempo. O mais recente feito foi a vitória de uma máquina sobre o campeão mundial de Go (jogo chinês equivalente ao xadrez) com um programa chamado AlfaGo.
De forma, podemos esperar avanços dentro da área de saúde conforme o interesse e integração médica a esses processos. Sugiro a todos os colegas que continuem estudando sobre o tema, pois a Medicina 4.0 já é realidade em nosso meio.