As diretrizes atuais fornecidas pelos Centros de Controle de Doenças dos EUA recomendam que pessoas diagnosticadas com COVID-19 permaneçam isoladas por cinco dias consecutivos após a infecção para evitar a propagação da doença. Porém, uma pesquisa desenvolvida por uma equipe de pesquisadores do Brigham and Women's Hospital, do National Emerging Infectious Diseases Laboratories e do Broad Institute of MIT and Harvard, sugere que algumas pessoas podem permanecer capazes de transmitir o vírus SARS-CoV-2 a outras após esse período.
Para chegar à constatação, os pesquisadores utilizaram testes rápidos de antígeno e culturas virais. Eles contaram com a participação voluntária de quarenta pessoas que viviam na área de Boston e estavam infectadas, sem risco de desenvolver complicações graves. Todas haviam sido vacinadas e recebido uma dose de reforço. Elas preencheram registros diários de sintomas e também fizeram autoteste de antígeno por fluxo lateral diariamente a partir do sexto dia de infecção. Na época, a cepa predominante era a BA.1.
No total, 75% dos participantes da pesquisa testaram positivo ao antígeno utilizado no sexto dia, sendo que muitos relataram já estar livres de sintomas da doença. Também foram encontradas cargas de vírus cultiváveis em 35% daqueles que testaram positivo nos testes de antígeno. Do total dos que testaram positivo no antígeno, 100% também tiveram resultado positivo no teste de cultura.
Com informações de JAMA Network Open.
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