Uganda comunicou a primeira morte pelo vírus Ebola desde o
ano de 2019, declarando a presença de um surto na cidade de Mubende, na região
central do país.
A vítima seria um homem de 24 anos de idade que, segundo a
Organização Mundial de Saúde (OMS), testou positivo para uma cepa considerada
rara proveniente do Sudão. A presença da cepa não era registrada no país africano
desde 2012. No Sudão, ela já foi responsável por três surtos de Ebola
Uganda, que faz fronteira com a República Democrática do
Congo (RDC), já experimentou vários surtos de Ebola no passado (sendo três
vezes pela cepa do Sudão). O mais recente aconteceu em 2019, quando foi
registrada a morte de cinco pessoas. A RDC, por sua vez, teve um novo caso da
doença registrado em sua região leste, menos
de seis semanas depois de uma epidemia ser declarada encerrada no noroeste.
Ebola é uma febre hemorrágica de difícil contenção em meios urbanos, com taxa de mortalidade alta. Esta, de acordo com a OMS, pode chegar a alcançar 90% em alguns surtos.
Identificado pela primeira vez em 1976, na RDC (então Zaire), o víru tem como hospedeiro natural o morcego e já desencadeou uma série de epidemias na África, matando cerca de 15 mil pessoas ao longo dos anos.
A transmissão humana se dá através de fluidos corporais. Os principais sintomas, além de febre, são vômito, sangramentos e diarreia.