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Vacinação contra Covid-19 durante a gravidez pode proteger bebês até os 6 meses de vida

Vacinação contra Covid-19 durante a gravidez pode proteger bebês até os 6 meses de vida
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fev. 10 - 3 min de leitura
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Um estudo observacional publicado no British Medical Journal (BMJ) decobriu que duas doses da vacina de RNAm contra Covid-19 durante a gravidez têm grande efetividade contra a cepa delta e moderada eficácia contra a ômicron. Além disso, os achados estão relacionados  a um menor risco de internação hospitalar em bebês com menos de 6 meses de idade. 

Os resultados mostram que duas doses de vacina durante a gravidez foram 95% eficazes contra a variante delta em lactentes e 97% eficazes contra internação infantil devido a essa cepa. Em relação a variante ômicron, a eficácia de duas doses contra infecção em lactentes  foi de 45% e a internação hospitalar foi de 53%, mas melhorou com uma terceira dose durante a gravidez (73% e 80%, respectivamente). A eficácia de duas doses contra a infecção por ômicron foi maior quando a segunda dose foi administrada no terceiro trimestre da gravidez em comparação com primeiro ou segundo trimestres.

Os resultados também revelaram que a eficácia de duas doses contra a infecção por ômicron diminuiu com o tempo, de 57% entre o nascimento e oito semanas para 40% após dezesseis semanas de idade. A imunidade é adquirida pelo lactente pela placenta e pelo leite materno (imunidade passiva).

Embora a maioria dos casos de Covid-19 em bebês seja leve, as taxas de internação hospitalar e doença grave foram maiores em bebês em comparação com crianças mais velhas, especialmente durante o primeiro mês de vida ou quando a infecção é complicada por outras condições.

O estudo envolveu 8.809 bebês com menos de seis meses de idade que nasceram em Ontário, no Canadá, entre 2021 e 2022, e que foram testados por PCR para infecção por Covid-19 após o nascimento, nesses mesmos anos. A partir dessas informações, os pesquisadores fizeram um vínculo entre dados sobre o status de vacinação do mRNA Covid-19 das mães durante a gravidez (uma, duas ou três doses) ou status não vacinado (sem doses) e as internações hospitalares relacionadas a delta e ômicron registradas em bebês.

Esses resultados concordam com estudos anteriores de quatro países diferentes. No entanto, os autores ressaltam que, no cenário em rápida mudança do SARS-CoV-2, mesmo conclusões sólidas não podem fornecer respostas definitivas para muitas questões práticas. 

Referência:

Maternal mRNA covid-19 vaccination during pregnancy and delta or omicron infection or hospital admission in infants: test negative design study, The BMJ (2023). DOI: 10.1136/bmj-2022-074035

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