A adoção de um padrão de dieta mediterrânea pode prevenir resultados adversos da gravidez, principalmente entre
mulheres com idade materna avançada, ou seja, aquelas com 35 anos ou mais. A
constatação faz parte de um novo estudo sobre o assunto, desenvolvido por pesquisadores do Smidt Heart Institute, nos Estados
Unidos, e publicado no Journal
of the American Medical Association (JAMA).
A pesquisa contou com a participação de 7.798 mulheres
que conceberam pela primeira vez entre os anos de 2010 e 2013. Durante os trabalhos, foi constatado que as participantes que aderiram à dieta tiveram risco 28% menor de desenvolver pré-eclâmpsia urante a gestação. A condição resulta em aumento da pressão arterial durante da gravidez e sobrecarrega o coração da mãe, podendo causar enfraquecimento das funções renal e hepática e redução do
suprimento de sangue para o feto.
Além da pré-eclâmpsia, o risco de diabetes gestacional
também diminuiu entre mulheres adeptas da dieta mediterrânea. Entre as participantes
da pesquisa, que tiveram seus hábitos alimentares analisados através de
questionários, 10% tinham 35 anos ou mais, 11% eram negras não hispânicas, 17%
eram hispânicas e 4% eram asiáticas. Além disso, 20% tinham obesidade.
O estudo fez parte do Nulliparaous
Pregnancy Outcomes Study: Monitoring Mothers-to-be, que no total envolveu 10.038
gestantes que iriam passar pela experiência de parto pela primeira vez. Ele também avaliou os efeitos da mediterrânea em relação a outros
resultados adversos da gravidez, como diabetes gestacional, parto prematuro, bebê pequeno para a idade gestacional e natimortos.
A conexão entre a dieta
mediterrânea e o menor risco de resultados adversos da gravidez foi observada
em uma população de diversas áreas geográficas e diferentes origens étnicas e raciais.
Referência:
Association of a
Mediterranean Diet Pattern With Adverse Pregnancy Outcomes Among US Women, JAMA
Network Open (2022). DOI:
10.1001/jamanetworkopen.2022.48165
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