A implementação de um programa de fertilidade com suporte de
telemedicina reduziu pela metade o tempo entre o momento em que pacientes
procuraram ajuda médica e receberam o primeiro tratamento. A iniciativa teria adiantado
o caminho da paternidade em cerca de um mês e meio.
O trabalho foi realizado por pesquisadores da Perelman School of Medicine, da
Universidade da Pensilvânia, com resultado publicado no New England Journal of Medicine - Catalyst Innovations in Care Delivery.
O programa, além de reduzir o tempo médio para novas
pacientes receberem seu primeiro tratamento (de 97 para 41 dias), também
permitiu que mais mulheres tivessem acesso a tratamentos, melhorando em 24% o
padrão de atendimento no ano em que foi implementado.
A prática agilizou o atendimento através de sessões de
telemedicina para consultas iniciais, diminuindo o tempo médio de espera pelas
mesmas de semanas para apenas quatro dias. Além disso, propiciou aos pacientes a
oportunidade de receber mensagens de texto de inteligência artificial,
facilitando o contato com clínicas e médicos e a tomada de decisões, permitindo
que o tratamento iniciasse o quanto antes.
Por fim, o uso da telemedicina também reduziu o número de "não
comparecimentos" às consultas de 40% para 20%.
Referência:
Suneeta Senapati et al, The Fast Track to Fertility Program: Rapid Cycle Innovation to Redesign Fertility Care, NEJM Catalyst (2022). DOI: 10.1056/CAT.22.0065
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