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Brasil mantém proibição de venda de cigarros eletrônicos

Brasil mantém proibição de venda de cigarros eletrônicos
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jul. 7 - 3 min de leitura
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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) acaba de manter a proibição de importação, propaganda e venda de cigarros eletrônicos no Brasil. A decisão foi tomada com base no voto de uma das diretoras da entidade, Cristiane Rose Jourdan, que apresentou estudos científicos demonstrando que o uso dos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) está relacionado com aumento do risco de jovens ao tabagismo, potencial de dependência e diversos danos à saúde pulmonar, cardiovascular e neurológica.

Os cigarros eletrônicos têm comercialização restrita no país desde 2009, mas muitas vezes são importados e vendidos de forma ilegal. Os aparelhos são alimentados por bateria de lítio e um cartucho ou refil que armazena líquido. Um atomizador aquece e vaporiza a nicotina e um sensor é acionado no momento da tragada, ativando a bateria e a luz de led. A temperatura de vaporização da resistência é de 350°C. Nos cigarros convencionais, essa temperatura chega a 850°C. Ao serem aquecidos, os DEFs liberam um vapor líquido parecido com o cigarro convencional.

Os cigarros eletrônicos estão na quarta geração, onde é encontrada concentração maior de substâncias tóxicas. Existem ainda os cigarros de tabaco aquecido, dispositivos eletrônicos para aquecer um bastão ou uma cápsula de tabaco comprimido a uma temperatura de 330°C. Dessa forma, produzem um aerossol inalável.

Riscos à saúde

Recentemente, ao estudar sobre os efeitos do uso diário de cigarros eletrônicos, pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade da Califórnia, em San Diego constataram que o cigarro eletrônico altera a resposta inflamatória em órgãos como pulmão, coração, cérebro e cólon. Além disso, os aparelhos também modificam os neurotransmissores nas vias de recompensa. O estudo foi publicado no dia 11 de abril de 2022 no portal científico eLife.

No mês de maio, uma pesquisa publicada no periódico Circulation, da American Heart Association, informou que pessoas que utilizam cigarros tradicionais em combinação com cigarros eletrônicos não reduzem o risco de doenças cardiovasculares, ataque cardíaco, insuficiência cardíaca ou acidente vascular cerebral (AVC) em comparação com pessoas que usam exclusivamente cigarros tradicionais.  

No Brasil, diversas instituições já se posicionaram de forma contrária ao uso dos dispositivos eletrônicos. Entre elas, Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde, da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz), e Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

Com informações de Agência Brasil.

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