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Brasileiro recebe "Oscar" da oncologia clínica por pesquisa na área de câncer de próstata

Brasileiro recebe "Oscar" da oncologia clínica por pesquisa na área de câncer de próstata
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jul. 5 - 3 min de leitura
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O chefe do Instituto de Pesquisa Moinhos, do Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), médico Pedro Henrique Isaacsson Velho, de 36 anos, foi premiado com o Career Development Award, conferido anualmente pela Conquer Cancer Foundation, da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em Chicago. O prêmio é considerado o "Oscar" da oncologia clínica.

Pedro, junto com outros vinte profissionais da área médica, foi agraciado com uma bolsa para desenvolvimento de estudos clínicos pelos próximos três anos no valor de US$ 200 mil. O recurso será utilizado pelo Moinhos de Vento, em parceria com a Johns Hopkins Medicine International, em um estudo clínico voltado ao tratamento do câncer de próstata, onde uma nova terapia será utilizada em pacientes metastáticos resistentes à castração.

“O Career Development Award é bastante relevante a nível mundial e traz muito reconhecimento ao trabalho que estamos desenvolvendo na área de câncer de próstata”, declara Pedro. “É uma competição super difícil, na qual as melhores instituições americanas foram premiadas. Estar entre elas demonstra que temos feito coisas boas por aqui e que o Brasil é capaz de realizar pesquisas de alto nível”.

A proposta do médico é tratar os tumores de próstata através de uma combinação entre a chamada terapia androgênica bipolar, que ainda está em fase experimental no mundo e altera níveis elevados e mais baixos de testosterona, e o Radium-223, já aprovado para uso no Brasil desde o ano de 2014.

“Tanto a terapia androgênica bipolar quanto o Radium-223 causam danos ao DNA do tumor. Acreditamos que talvez elas possam ser sinergéticas, podendo melhorar a qualidade de vida e o desfecho dos pacientes”, explica.

A expectativa é de que o estudo clínico proposto por Pedro dure entre 18 e 24 meses.

Carreira

Pedro Henrique é formado em Medicina pela Universidade Federal de Pelotas (RS), com residência em oncologia clínica no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, da Faculdade de Medicina da USP. Em 2016, ele se tornou pesquisador do Johns Hopkins Hospital, nos Estados Unidos, país onde homologou seu diploma e passou a exercer a medicina clínica. Em 2019, foi agraciado com o Global Young Investigator, voltado a pesquisadores em início de carreira. No mesmo ano, retornou ao Brasil e iniciou suas atividades na Moinhos de Vento.

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