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Consumo de de Fast Food associado a Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica

Consumo de de Fast Food associado a Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica
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jan. 11 - 3 min de leitura
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Apresentado no Clinical Gastroenterology and Hepatology, um estudo da Keck Medicine na University of Southern California (USC) descobriu que pessoas com obesidade ou diabetes que consomem 20% ou mais de suas calorias diárias em fast food têm níveis severamente elevados de gordura no fígado em comparação com aqueles que consomem menos ou nenhum fast food.

Além disso, os pesquisadores descobriram que, na população geral, os que ingeriram pelo menos um quinto de suas calorias diárias em fast food tiveram aumentos moderados de gordura no fígado. Dessa maneira,  uma quantidade relativamente modesta de fast food, rica em carboidratos e gordura, pode prejudicar o fígado. 

Como método, os autores analisaram os dados da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição, realizada entre 2017 - 2018 e considerada a maior pesquisa nutricional anual dos Estados Unidos, para determinar o impacto do consumo de fast-food na esteatose hepática.

O estudo caracterizou fast food como refeições, incluindo pizza, de um restaurante drive-thru ou sem garçons. Os pesquisadores avaliaram a medição do fígado gorduroso de aproximadamente 4 mil adultos cujas aferições foram incluídas na pesquisa e compararam essas mensurações com o consumo de fast-food.

Do público pesquisado, 52% consumiam fast food. Desses, 29% consumiram um quinto ou mais calorias diárias nesses alimentos, estando entre os participantes que obtiveram aumento constatado nos níveis de gordura no fígado.

A associação entre esteatose hepática e uma dieta de 20% de fast food manteve-se estável tanto para a população em geral quanto para aqueles com obesidade ou diabetes, mesmo após os dados serem ajustados para vários outros fatores, como idade, sexo, raça, etnia, uso de álcool e atividade física.

Apesar disso, os autores ressaltam que os que correm mais risco de desenvolver esteatose hepática não alcoólica são os obesos e diabéticos. Segundo os autores, oferecer educação nutricional para os pacientes é de suma importância, uma vez que, atualmente, a única maneira de tratar a esteatose hepática é através de uma dieta melhorada.

Referência:

Hampl SE, et al "Clinical practice guideline for the evaluation and treatment of children and adolescents with obesity" Pediatrics (2023).

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