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Pesquisa encontra relação entre endometriose e risco de Acidente Vascular Encefálico

Pesquisa encontra relação entre endometriose e risco de Acidente Vascular Encefálico
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ago. 1 - 2 min de leitura
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Um estudo publicado na revista Stroke da American Heart Association analisou os dados coletados por aproximadamente 30 anos de uma pesquisa de coorte prospectiva (Nurses’  Health  Study  II - NHSII ), que começou em 1989, com 116.429 enfermeiras entre 25 e 42 anos que respondiam a cada 2 anos um questionário detalhado sobre suas doenças crônicas e seus fatores de risco.

Os pesquisadores analisaram os questionários das mulheres que disseram ter endometriose confirmada por laparoscopia e concluíram que, nessa amostra, mulheres com história prévia de endometriose têm um risco 34% maior de Acidente Vascular Encefálico (AVE) do que mulheres sem endometriose. 

Os pesquisadores atribuíram parcialmente essa associação à influência da ocorrência de histerectomia/ooforectomia, terapia hormonal pós-menopausa, estado menopausal e história de hipertensão. Além disso, os autores não observaram diferença na associação por histórico de infertilidade, idade ou IMC.

Segundo os cientistas, o fator inflamatório crônico da doença pode ser uma das explicações para mulheres com endometriose terem mais AVE.  Especificamente, vários marcadores inflamatórios foram encontrados em mulheres com endometriose, como ICAM-1 (molécula de adesão intracelular 1), PCR (proteína C-reativa), IL (interleucina)-1 e IL-6 , TNF (fator de necrose tumoral)-α e VEGF (fator de crescimento endotelial vascular). A maioria desses biomarcadores também tem sido associada ao risco de Doença Cardiovascular (DCV).

Os pesquisadores encontraram na análise do estudo que a hipertensão é um moderado mediador  da associação entre endometriose e risco de acidente vascular cerebral. Eles ressaltam que o estudo NHSII não é uma coorte com  amostra aleatória de mulheres americanas. Assim, os achados do estudo podem não ser generalizáveis para toda a população. No entanto, é improvável que as associações biológicas observadas nesta coorte sejam diferentes das mulheres em geral.

Os resultados sugerem que os médicos devem considerar o histórico de saúde reprodutiva e ginecológica ao aconselhar os pacientes sobre o risco de doença cardiovascular.

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Referência

Leslie V. Farland, ScD, William J. Degnan III, DrPH, Melanie L. Bell, PhD, Scott E. Kasner, MD, Ava L. Liberman, MD, Divya K. Shah, MD, MME, Kathryn M. Rexrode, MD, Stacey A. Missmer, ScD


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