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Integrar cuidados paliativos no tratamento de pacientes crônicos é mais eficaz no planejamento do cuidado

Integrar cuidados paliativos no tratamento de  pacientes crônicos é mais eficaz no planejamento do cuidado
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mai. 16 - 4 min de leitura
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O cuidado de pacientes com doenças crônicas não cancerosas pode ser complexo por apresentarem alta carga de sintomas e redução da qualidade de vida relacionada à saúde. As populações com condições crônicas graves incluem, mas não estão limitadas a, aquelas com insuficiência cardíaca avançada, doença pulmonar obstrutiva crônica avançada, doença renal terminal, fragilidade ou múltiplas condições crônicas graves podem  se beneficiar de uma maior integração de cuidados paliativos em cuidados ambulatoriais.

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O planejamento desta oferta de cuidado pode ocorrer na  incorporação de serviços de cuidados paliativos ou pelo treinamento de médicos de cuidados ambulatoriais em cuidados paliativos.

Uma revisão de métodos mistos  e meta-análise avaliou a eficácia e implementação de modelos para integrar cuidados paliativos em cuidados ambulatoriais para pacientes com doenças crônicas graves não cancerosas e encontrou que os modelos avaliados não foram mais eficazes do que os cuidados usuais para melhorar a qualidade de vida relacionada à saúde desses pacientes. Os resultados dos métodos tiveram pouco ou nenhum efeito na redução da carga geral de sintomas e não foram eficazes para melhorar os escores de sintomas depressivos.

Os modelos tiveram pouco ou nenhum efeito no aumento da satisfação do paciente, mas aumentaram a documentação das  Diretivas Antecipadas de Vontade, as quais possibilitam que os pacientes documentem expressamente seus desejos em relação a cuidados de saúde em casos de doença grave, degenerativa e sem possibilidade de cura. Na revisão foram encontrados diversos modelos usados ​​e componentes de intervenções em estudos de cuidados paliativos, destacando a variabilidade na forma de tratamento desses pacientes e as sínteses qualitativas forneceram informações sobre componentes importantes para implementação de modelos na perspectiva do paciente.

De acordo com os resultados do artigo de revisão, há a necessidade de abordagens inovadoras para atender às necessidades das populações com doenças crônicas. Além disso, nas pesquisas analisadas pela meta-análise, os pacientes valorizavam o cuidado dos médicos, principalmente enfermeiros, que entendiam suas necessidades únicas e a trajetória individual da doença e muitas vezes julgavam que as consultas separadas de cuidados paliativos eram onerosas.

Dessa maneira, a integração de abordagens de cuidados paliativos em consultas existentes com médicos, enfermeiros, coordenadores de cuidados ou assistentes sociais que entendem as preocupações individuais dos pacientes e a trajetória da doença pode promover a aceitação dos cuidados paliativos.

 Conforme o relatório do  National Academy of Medicine: Dying in America: Improving Quality and Honoring Individual Preferences Near the End of Life, melhorar o atendimento a pessoas com doenças e condições graves que ameaçam a vida requer cuidados abrangentes, individualizados e demorados, fornecidos por sistemas orientados para as necessidades e coordenados com os serviços comunitários.

 Esses cuidados podem ser facilitados por ações como o aumento da comunicação entre médico-paciente sobre cuidados paliativos.

O relatório americano sugere que pode ser encorajado por um melhor suporte de sistemas e requer o envolvimento de médicos não paliativos. Com a meta- análise, os cientistas concluíram que os modelos para integrar cuidados paliativos podem ter pouco ou nenhum efeito na diminuição da carga geral de sintomas relatada pelo paciente, mas podem ser mais eficazes no direcionamento do planejamento de cuidados, como na documentação de Diretivas Antecipadas de Vontade. 

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Referência 

1.CHYR, Linda C. et al. Implementation and Effectiveness of Integrating Palliative Care Into Ambulatory Care of Noncancer Serious Chronic Illness: Mixed Methods Review and Meta-Analysis. The Annals of Family Medicine, v. 20, n. 1, p. 77-83, 2022 Disponível em: DOI: 10.1370/afm.2754. Acesso em: 16 de maio de 2022.


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