Nesta segunda-feira (14), uma série de ações são realizadas
em função do Dia Mundial da Diabetes, que tem como foco a prevenção e o
diagnóstico da doença. Diversas terapias e abordagens são adotadas no
tratamentos e inúmeras pesquisas são realizadas, em diversas partes do mundo,
com o intuito de melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Recentemente, um novo medicamento, intitulado Pemafibrato, foi
apresentado como bastante promissor em uma pesquisa científica apresentada no
evento American Heart Association's
Scientific Sessions 2022. Ele reduziu em 26% os níveis de triglicerídeos
entre adultos com diabetes tipo 2. Apesar do bom resultado, não foi verificada
diminuição nas taxas de risco de eventos cardiovasculares.
Entre março de 2017 e setembro de 2020, participaram do
estudo cerca de 10.500 adultos com triglicerídeos altos, HDL baixo, diabetes
tipo 2 e média de idade de 64 anos em 24 países. Um quarto dos participantes eram
mulheres, 20% eram adultos hispânicos e 3% negros. Quase todos tomavam uma
estatina para baixar o colesterol. Eles foram divididos em dois grupos, sendo
que um recebeu Pemafibrato e outro placebo por um período médio de três anos
consecutivos.
Ao final do estudo, além da constatação de que o Pemafibrato
era capaz de reduzir os níveis de triglicerídeos em comparação com o placebo,
foi verificado que um em cada dez participantes do estudo, em ambos os grupos,
teve ataque cardíaco, derrame, artérias bloqueadas que necessitaram de
tratamento ou morreram de doença cardiovascular. Durante os ensaios, o
medicamento também foi associado a aumento no colesterol LDL.
Segundo a American Heart Association, o diabetes tipo 2
causou mais de 1,6 milhão de mortes em todo o mundo no ano de 2020. O Brasil,
de acordo com informação publicada pela Agência Brasil, é o sexto país em
incidência de diabetes no mundo e o primeiro na América Latina. No país, são
cerca de 15,7 milhões de pessoas adultas com a condição. A estimativa é que,
até 2045, a doença alcance 23,2 milhões de adultos brasileiros.
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