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OMS: Acesso universal à água potável e saneamento básico poderia prevenir 1,4 milhão de mortes

OMS: Acesso universal à água potável e saneamento básico poderia prevenir 1,4 milhão de mortes
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jun. 30 - 3 min de leitura
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um estudo alarmante em que relata a trágica condição de saúde enfrentada pela metade da população mundial devido à falta de acesso à água limpa, saneamento adequado e medidas de higiene básicas. Segundo o relatório, a reversão deste cenário poderia potencialmente salvar 1,4 milhão de vidas.

O estudo, denominado "Carga de Doenças Atribuídas a Más Condições de Água, Saneamento e Higiene", revela que a ausência desses serviços essenciais expõe as populações a uma gama de doenças evitáveis. Os dados de 2019 apontam que 69% de todas as mortes por diarreia, representando mais de um milhão de vidas perdidas, resultaram da falta desses serviços básicos. Adicionalmente, 356 mil óbitos foram registrados devido a infecções respiratórias graves, decorrentes de práticas inadequadas de higiene das mãos.

A falta de infraestrutura sanitária básica não se limita apenas às doenças imediatas. Os efeitos secundários, tais como a desnutrição e o impacto negativo no bem-estar social e mental, são igualmente devastadores.

A diretora do Departamento de Meio Ambiente, Mudanças Climáticas e Saúde da OMS, destaca a urgência da situação, salientando que a necessidade de investimento em saneamento básico e higiene "está mais forte do que nunca". Segundo ela, embora tenham ocorrido melhorias ao longo da última década, o progresso tem sido desigual e insuficiente.

Além disso, fatores como o aumento de conflitos, a emergência de resistência antimicrobiana, o ressurgimento de surtos de cólera, e as ameaças a longo prazo das mudanças climáticas, apenas acentuam a urgência de investir em saneamento e higiene. A situação poderia ainda se tornar mais grave, visto que as mudanças climáticas provavelmente exacerbam muitas doenças e riscos associados à falta de água, saneamento e higiene.

Para mitigar este cenário preocupante, a OMS insta governos, agências da ONU, parceiros multilaterais, setor privado e organizações da sociedade civil a unirem esforços. Medidas recomendadas incluem o direcionamento de atenção especial as populações mais pobres e marginalizadas e o aprimoramento do monitoramento da oferta desses serviços.

Para auxiliar os governos na elaboração de estratégias efetivas contra essa crise de saúde global, a OMS lançou uma nova ferramenta que permite modelar os impactos das doenças em diversos cenários. O comprometimento com a melhoria do saneamento básico e das condições de higiene ultrapassa a simples construção de infraestruturas físicas. Na realidade, esse investimento é essencial para a promoção da saúde pública e para assegurar um futuro mais seguro e saudável para a população mundial.



Leia também: 


Fonte: 

Organização das Nações Unidas. (2023, junho). OMS: Acesso universal à água potável poderia evitar 1,4 Milhão de Mortes. UN News. https://news.un.org/pt/story/2023/06/1816807


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