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Relação entre determinantes socioeconômicos e altas taxas de sepse

Relação entre determinantes socioeconômicos e altas taxas de sepse
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nov. 24 - 3 min de leitura
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Um estudo conduzido pela Universidade de Manchester, publicado em 23 de novembro de 2023 no jornal eClinicalMedicine, revela uma ligação direta entre a privação socioeconômica e o risco aumentado de mortalidade por sepse. Esta análise abrangente de dados do NHS destaca as disparidades significativas na saúde que persistem e afetam desproporcionalmente os grupos mais vulneráveis da sociedade.

📖 Contexto e Metodologia:

A pesquisa analisou 248.767 casos de sepse não relacionada à COVID-19, de janeiro de 2019 a junho de 2022, comparando-os com 1.346.166 controles. Este estudo é pioneiro ao avaliar as flutuações na incidência de sepse não relacionada à COVID-19 antes, durante e após a pandemia, fornecendo insights valiosos sobre as tendências de saúde pública.


🔎 Principais Descobertas:

  1. Desigualdades Socioeconômicas: Indivíduos dos grupos socioeconômicos mais desfavorecidos têm quase o dobro de chances de morrer de sepse dentro de 30 dias.
  2. Condições de Saúde Preexistentes: Pessoas com deficiências de aprendizagem têm quase quatro vezes mais chances de desenvolver sepse. A pesquisa também encontrou uma prevalência significativamente maior de sepse em pacientes com doenças crônicas, como doenças hepáticas e renais.
  3. Fatores de Risco Associados: Câncer, doenças neurológicas, condições imunossupressoras e múltiplos cursos prévios de antibióticos também foram associados a um maior risco de desenvolver sepse.


👩‍⚕️ Implicações Clínicas e de Saúde Pública:

  • Este estudo sublinha a necessidade de modelos de previsão de risco de sepse que considerem o status de doença crônica, status de privação e deficiências de aprendizagem.
  • A pesquisa evidencia a complexa interação entre o status socioeconômico, condições médicas subjacentes e o risco de sepse, desafiando os sistemas de saúde a reconhecer e mitigar essas desigualdades.
  • A constatação de que houve uma redução na incidência de sepse não relacionada à COVID-19 durante a pandemia indica que alterações no comportamento social e na forma como os cuidados de saúde foram prestados podem ter influenciado essa queda. Essa área merece uma investigação mais aprofundada para entender melhor esses impactos.

📝 Conclusões e Recomendações:

Os autores do estudo, enfatizam a importância de melhorar a prevenção da sepse. Isso inclui um direcionamento mais preciso de antimicrobianos para pacientes de alto risco e uma abordagem mais holística que considera as complexidades socioeconômicas e de saúde.

A pesquisa reforça aos profissionais a ciência dessas disparidades integrando-as em suas práticas clínicas. A conscientização e a educação direcionadas são essenciais, não apenas para os profissionais de saúde, mas também para os membros do público em comunidades de alto risco.



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Referência: 

Medical Xpress. (2023, Novembro 23). Study links deprivation with risk of dying from sepsis. https://medicalxpress.com/news/2023-11-links-deprivation-dying-sepsis.html


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