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Ter 3 doses de vacina de mRNA confere maior proteção contra variantes do SARS-CoV-2, estudo sugere

Ter 3 doses de vacina de mRNA confere maior proteção contra variantes do SARS-CoV-2, estudo sugere
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jan. 26 - 4 min de leitura
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A avaliação do desempenho de vacinas contra a variante Ômicron do SARS-CoV-2 é fundamental para informar as orientações de saúde pública. Neste sentido, pesquisadores do CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) e do Serviço de Inteligência Epidemiológica buscaram estimar a associação entre o recebimento de 3 doses da vacina Pfizer-BioNTech BNT162b2 ou Moderna mRNA-1273 (incluindo regimes mistos) e infecção sintomática por SARS-CoV-2, estratificada por variante (Ômicron ou Delta). Os resultados do estudo foram publicados no periódico JAMA em 21 de janeiro de 2022.

O estudo consistiu em uma análise de caso-controle com teste negativo em adultos de 18 anos ou mais com sintomas de COVID-19 testados entre 10 de dezembro de 2021 e 1º de janeiro de 2022, por um programa nacional de testes feitos em farmácias em 49 estados dos EUA. Os autores buscaram comparar a taxa de infecção entre pacientes que haviam recebido três doses da vacina mRNA COVID-19 (terceira dose ≥14 dias antes do teste e ≥6 meses após a segunda dose) versus não vacinados e também em comparação aos que tinham somente 2 doses, tendo recebido a última 6 meses ou mais antes do teste (ou seja, elegível para uma dose de reforço).

No geral, 23.391 casos (13.098 de Ômicron; 10.293 Delta) e 46.764 controles foram incluídos (idade média de 40,3 anos [DP, 15,6]; 42.050 [60,1%] mulheres). O recebimento prévio de 3 doses de vacina de mRNA foi relatado para 18,6% (n = 2.441) dos casos de Ômicron, 6,6% (n = 679) dos casos Delta e 39,7% (n = 18.587) dos controles; o recebimento prévio de 2 doses de vacina de mRNA foi relatado para 55,3% (n = 7.245), 44,4% (n = 4.570) e 41,6% (n = 19.456), respectivamente; e não vacinado foi relatado para 26,0% (n = 3412), 49,0% (n = 5044) e 18,6% (n = 8721), respectivamente. O odds ratio ajustado para 3 doses versus não vacinado foi de 0,33 (IC 95%, 0,31-0,35) para Ômicron e 0,065 (IC 95%, 0,059-0,071) para Delta; para 3 doses de vacina versus 2 doses, foi de 0,34 (IC 95%, 0,32-0,36) para Ômicron e 0,16 (IC 95%, 0,14-0,17) para Delta. As associações foram medidas com regressão multinomial multivariável. 

Desta forma, os autores concluem que, entre os indivíduos que procuraram testes para COVID-19 nos EUA em dezembro de 2021, o recebimento de 3 doses da vacina mRNA COVID-19 (em comparação com não vacinado e com o recebimento de 2 doses) foi menos provável entre os casos com SARS-CoV-2 sintomáticos em comparação com controles com teste negativo. Esses achados sugerem que o recebimento de 3 doses de vacina de mRNA em relação aos não vacinados e também em comparação com àqueles que receberam somente 2 doses foi associado à proteção contra as variantes Ômicron e Delta, embora o odds ratio para Ômicron mais alto sugira menos proteção para esta variante do que para a Delta.

 

Referências:

Accorsi EK, Britton A, Fleming-Dutra KE, et al. Association Between 3 Doses of mRNA COVID-19 Vaccine and Symptomatic Infection Caused by the SARS-CoV-2 Omicron and Delta Variants. JAMA. Published online January 21, 2022. doi:10.1001/jama.2022.0470

 

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