Vacina contra a malária desenvolvida pela Universidade de
Oxford, na Grã-Bretanha, acaba de receber sua primeira autorização regulatória de
uso. Ela deve começar a ser disponibilizada em Gana, na África Ocidental, a
crianças que tenham entre 5 e 36 meses de vida. Esta é considerada a faixa etária
com maior risco de morte pela doença.
A autorização regulatória foi anunciada pela universidade
através de comunicado. “Espera-se que este primeiro passo crucial permita que a
vacina ajude as crianças ganesas e africanas a combater eficazmente a malária.
A vacina R21/Matrix-M demonstrou altos níveis de eficácia e segurança em
ensaios de Fase II, inclusive entre crianças que receberam uma dose de reforço
de R21/Matrix-M um ano após um regime primário de três doses”, informa a
instituição.
O imunizante de Oxford é definido como de baixa dosagem, podendo
ser fabricado em grande escala e a baixo custo. Ele já passou por testes
clínicos no Reino Unido, Tailândia e países africanos. “A vacina contém
Matrix-M da Novavax (Nasdaq: NVAX), um adjuvante à base de saponina que aumenta
a resposta do sistema imunológico, tornando-o mais potente e mais durável. O
adjuvante Matrix-M estimula a entrada de células apresentadoras de antígeno no
local da injeção e melhora a apresentação do antígeno nos linfonodos locais”.
A malária é uma doença de alto risco, que mata cerca de 600
mil pessoas por ano. Em 2022, uma vacina produzida pela britânica GSK tornou-se
a primeira a ser recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para uso
generalizado contra a doença.
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