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Novas tecnologias são aliadas na democratização do acesso à saúde no Brasil

Novas tecnologias são aliadas na   democratização do acesso à saúde no Brasil
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mar. 23 - 5 min de leitura
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Não há dúvidas de que a telemedicina é um dos maiores legados da pandemia. As consultas remotas atingiram um patamar de relevância inédito no Brasil e evitam a ida de milhares de pacientes a hospitais, clínicas, laboratório, locais com alto índice de contaminação por COVID-19. Um novo hábito que carrega consigo outros tantos benefícios, como menos deslocamentos, otimização de tempo e redução de custos.

A tendência é que cada vez mais pessoas tenham acesso e vivam essa experiência. Comodidade e otimização são recursos que podem ser ampliados. 

Imagine que além de fazer uma consulta por videochamada, já é possível realizar, sentado no sofá de casa, um exame físico de otoscopia (para avaliar as estruturas do ouvido, como o canal auditivo e o tímpano); analisar uma possível infecção da garganta, auscultar pulmão, coração e abdômen, medir a temperatura e até mesmo fazer imagens de uma lesão na pele que é preocupante.

Claro que tudo isso é feito com alto rigor e  muita segurança. Todos os resultados são compartilhados em tempo real com o médico que, lá do outro lado da linha, avalia o quadro do paciente, emite o diagnóstico na hora e já inicia o tratamento necessário.

Você deve estar se perguntando: “mas será que os resultados são confiáveis?”.

Um estudo apresentado em um congresso europeu comprovou que sim. Os dados coletados de 193 pacientes submetidos a exames físicos realizados com o equipamento TytoCare foram comparados com o exame físico tradicional/presencial para verificação da compatibilidade dos dois métodos. Os resultados não deixam dúvida que essa é sim uma ferramenta que pode mudar o cenário de múltiplas práticas clínicas, tornando possível o acompanhamento remoto de indicadores que antes só eram possíveis presencialmente.

Leia também: Quais as características dos médicos que adotaram a telemedicina mais precocemente na pandemia?

O ensaio que mencionei apontou concordância de 98% no caso da ausculta pulmonar, 96% em ruído do tórax, 94% em ruídos adventícios, 93% no ritmo do coração, dentre outros exames comparados, todos com alto grau de precisão. É sempre gratificante ver como a tecnologia, em uso, provoca reações de encantamento em médicos de diversas especialidades, que ficam surpresos com o grau de nitidez dos exames realizados à distância e as possibilidades que vislumbram a partir deles.

Atualmente esta plataforma tecnológica é utilizada pelos hospitais de referência em pediatria no Brasil, Pequeno Príncipe e Sabará — que são aceleradores da startup Tuinda Care, distribuidora exclusiva da tecnologia TytoCare no Brasil — pela operadora de Saúde Care Plus, em toda a sua rede de atuação, dentre outras instituições de saúde e pode beneficiar muito mais pessoas.

Na rede pública, por exemplo, o equipamento poderia ajudar milhares de brasileiros com acesso restrito a medicina.

Imagine uma comunidade ribeirinha inteira com acesso a cuidados médicos de qualidade com um aparelho que necessita apenas de sinal de internet para funcionar. Cidades afastadas e desassistidas podem ter acesso imediato a especialidades médicas, que antes só estavam disponíveis a dias de viagem de distância. Ou ainda pessoas dos grandes centros que tenham dificuldade de locomoção, para as quais uma ida ao hospital ou a um centro clínico para ter atendimento médico pode significar um enorme transtorno.

Acredito que a telemedicina ainda trará outro benefício ainda maior, que será sentido a longo prazo: o empoderamento das pessoas e das famílias no cuidado de sua saúde.

Ao levar o atendimento médico para dentro de suas casas, combinado com o uso de equipamentos que permitem a cada um monitorar seus sinais vitais e realizar exames como uma otoscopia sem a presença do médico, sentimos que o paciente se engaja mais em seu diagnóstico e no acompanhamento da evolução do seu próprio quadro.

Saiba mais: Telemedicina: uma análise descritiva acerca de sua regulamentação

O paciente passa a se sentir protagonista, entendendo que precisa exercer papel ativo no gerenciamento da sua saúde. Como, aliás, deveria ser. Afinal, de nada adianta o médico passar recomendações e prescrições se o paciente não as seguir — muitas vezes é preciso alterar rotinas e hábitos, e para isso é fundamental estar engajado.

Estamos entrando em uma nova era, com a tecnologia e conectividade unindo pontas antes distantes e mudando a forma como cuidamos de nossa saúde. Pensar na democratização do acesso à excelência médica em todo o país não é mais um sonho distante. É uma realidade prestes a acontecer.

Por: Ana Carolina Lucchese, Head de Marketing e Novos Negócios da Tuinda Care


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